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INCIDÊNCIA DE LESÕES FÍSICAS POR SEXO E FAIXA ETÁRIA
Bianca Vieira Santos, Bruna Cristina Campos Pereira, Isabela Santos Lima, Nathália Muricy Costa, Nayara Costa Araújo

Última alteração: 2019-09-21

Resumo


INTRODUÇÃO

As lesões físicas podem ser definidas como qualquer estresse imposto ao corpo que impeça o organismo de funcionar normalmente, atingindo os sistemas ósseos, articulares e musculares (WALKER, 2010). Há diversos estudos sobre a incidência de lesões durantes diferentes exercícios físicos (LIMA; VIEIRA; SILVA, 2017) e em reabilitações de doenças ARLIANI, 2015), no entanto sua relação entre idade e sexo são conflitantes. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de lesões físicas causadas por luxações, entorse e distensão utilizando as variáveis sexo e faixa etária, na população em geral do Brasil.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, onde foram coletados dados referentes a internações por luxações, entorse e distensão de regiões especificas e de regiões múltiplas do corpo (ombros, tornozelos, músculos anteriores, posteriores e internos de coxa) utilizando as variáveis de sexo e faixa etária (20 a 49 anos). A análise refere-se ao período de fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019. Os dados para esta pesquisa foram obtidos por meio da consulta a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibilizada pelo departamento de Informática do SUS (DATASUS), respeitando os princípios éticos. A análise estatística descritiva foi realizada com auxílio do software Microsoft Excel 2016.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram registrados um total de 33.625 casos de internações por luxações, entorse e distensão de regiões especificadas e de regiões múltiplas do corpo, no período de fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019. Sendo que ao analisar o sexo, houve uma predominância do sexo masculino, com um total de 26. 707 hospitalizações, totalizando 79,4% dos casos, contrapondo com apenas 6.918 casos, no sexo feminino, representando 20,6% da totalidade.
De acordo com estudos feito por Correa et al. (2011) e Arliani et al. (2015), indivíduos do sexo masculino são mais propensos a terem algum trauma musculoesquelético ao decorrer da vida quando comparado com o sexo feminino, devido, principalmente, a falta de cuidados no ambiente de trabalho, poucos períodos de descanso, negligência quanto à procura de um especialista ao sentir dores e por não seguir as recomendações para se evitar um trauma.
Em relação a análise da faixa etária, a que apresentou maior incidência de internações, foi entre 25 e 29 anos de idade, sendo responsável por 6.369 casos de hospitalizações, totalizando 18,9%. Ao correlacionar o sexo com a faixa etária, foi possível observar que o sexo masculino mantém as maiores incidências nos indivíduos com idade entre 25 e 29 anos, sendo responsável nos homens por 19,9% das internações. Porém o sexo feminino, há uma maior incidência nas idades entre 35 e 39 anos, com um total de 1.265 casos, sendo 18,3% das mulheres.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os resultados analisados pode-se inferir que as luxações, entorses e distensões de regiões especificadas e de regiões múltiplas do corpo são predominantes no sexo masculino, na faixa etária entre 25 e 29 anos de idade. Dessa forma, destaca-se a importância de estudar os fatores de risco intrínsecos e extrínsecos inerentes aos jovens, a partir de informações obtidas a respeito de seus hábitos de vida. Também, deve-se enfatizar a atuação preventiva, protagonizada por profissionais de saúde, baseada numa intervenção de saúde pública, pode ser eficiente para minimizar esses danos.

REFERÊNCIAS


ARLIANI, G. G et al. Luxação acromioclavicular: tratamento e reabilitação. Perspectivas e tendências atuais do ortopedista brasileiro. Rev Bras Ortop, São Paulo, v. 50, n. 5, 2015.

CORREA, M. C et al. Fratura extra-articular da extremidade medial da clavícula associada à luxação acromioclavicular tipo IV: relato de caso. Rev Bras Ortop, São Paulo, v. 46, n. 5, 2011.

LIMA, A. P. C.; VIEIRA, D. F. S. SILVA, F. S. Incidência de Lesões Musculoesqueléticas em Praticantes de Corrida de Rua de Teresina, PI. Rev Saúde em Foco, Teresina, v. 4, n. 2, art. 2, p. 15-39, 2017.

WALKER, B. Lesões no esporte: uma abordagem anatômica. Barueri, SP: Manole, 2010.

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