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O relato apresenta a intervenção de uma professora de Educação Física em uma unidade de ensino de Educação Infantil de Serra com a temática “Folclorices de Brincar” por meio das manifestações culturais populares, em específico, as brincadeiras de criança com extensão ao patrimônio imaterial capixaba Congo (SECULT 2013; SILVA; LOUREIRO, 2015). Tal proposta de trabalho teve como objetivo resgatar e experimentar as brincadeiras populares com inserção da criança sobre sua própria cultura local, com o auxílio da música e dança (Congo). Metodologicamente o trabalho desenvolveu-se por meio de estudo bibliográfico, experimentação e vivência corporal, colaboração da equipe escolar, rodas de conversas e apresentação musical e artística. A proposta de trabalho se iniciou a partir do projeto institucional “Brincadeiras de criança como é bom!”, com a participação da disciplina Educação Física transversalmente com a temática e obra literária “Folclorices de Brincar” de Neide Duarte, Mércia M. Leitão e ilustrações de Ivan Cruz. A partir da obra, as aulas foram estruturadas para a experimentação, pesquisa e prática corporal com a inserção da música, dança e ritmo, os quais não eram contemplados no livro. Assim, com a necessidade de permitir o contato dos alunos com um maior conhecimento possível sobre nossa cultura, para além das brincadeiras encontradas na obra literária, bem como a aproximação de uma festa tradicional da instituição, foi proposto pela professora a inserção do Congo como manifestação cultural imaterial capixaba. Nesta nova fase do subprojeto o Congo foi estudado e explorado a partir da banda capixaba Casaca com a seleção de algumas músicas, apresentação de imagens dos componentes da banda com destaque ao vocalista Renato Casanova, mostra de vídeos, manipulação de instrumentos musicais como a casaca, tambor, pandeiro, apito, triângulo e percussões. Como proposta de culminância do subprojeto foram feitas duas apresentações: uma na festa cultural no CMEI e outra na visita feita pelo cantor Renato Casanova a instituição de ensino, momento onde os alunos puderam conversar com a artista, cantar e interagir de uma forma bem festiva. Ao final do trabalho realizado foi possível perceber que as crianças antes do processo de intervenção não conheciam o Congo como manifestação cultural do Estado do Espírito Santo, bem como desconheciam grande parte dos instrumentos musicais utilizados por este ritmo. A participação e inserção das crianças foi bastante proveitosa neste processo, sendo possível perceber que o conteúdo trabalho foi bem aceito não só pelos pequenos, mas também pelos familiares.
Palavras-chave: Congo; Cultura Popular; Educação Infantil.
REFERÊNCIAS:
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Cultura- SECULT. Plano Estadual de Cultura do Espírito Santo, 2013 – 2023.
LEITÃO, M. M.; DUARTE, N. Folclorices de brincar. São Paulo: Editora do Brasil, 2009.
SILVA, P. S.; LOUREIRO, A. M. R. Carnaval de Congo de Roda D’água: cultura e memória de um povo. In: II Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da Informação - II EREBD SE/CO/SUL, 2015, São Carlos. Anais. São Carlos: UFSCR, 2015. p. 161-166. Disponível em: http://www.2erebd.ufscar.br/index.php/erebd/erebd/paper/view/47/26 . Acesso em: 10 julho de 2018.

Congo; Cultura Popular; Educação Infantil.