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Trata-se de um relato de experiência que evidencia a pertinência da extensão como uma das bases de sustentação da universidade, juntamente com o ensino e a pesquisa, tendo o polo aquático como objeto de intervenção. Desde 2017 a Universidade Vila Velha tem viabilizado o Projeto de Extensão Universitária de Polo Aquático, empreendido em uma unidade de ensino fundamental do município de Vila Velha-ES, tendo em vista a parceria entre as instituições. Esse projeto foi idealizado por docentes do curso de Educação Física, que o desenvolvem junto a um corpo discente composto por dois alunos bolsistas e três alunas voluntárias. O Projeto encontra-se fundamentado no ensino do esporte a partir de uma perspectiva educacional, que aponta para a inclusão social e busca oportunizar o acesso à prática esportiva. Galvão (2002), conceitua o esporte educacional como ação social institucionalizada, composta por regras, que se desenvolvem com base lúdica. Nesta lógica não prioriza-se o alto rendimentos e a especialização precoce de crianças no contexto. O grupo de trabalho ensina o polo aquático, de maneira adaptada a duas equipes, uma feminina pela manhã e outra masculina à tarde, ambas contemplando alunos da Rede Municipal de Educação de Vila Velha-ES, com idade de doze aos dezesseis anos. O ensino do Polo Aquático, única modalidade de esporte de invasão aquático, para cerca de 40 adolescentes, acontece respeitando limitações que os alunos trazer como, por exemplo, não saber nadar ou não possuir familiaridade com o meio aquático. O Polo Aquático compõe o programa olímpico desde a segunda edição dos Jogos Olímpicos, em Paris, no ano de 1990 (CANOSSA et al, 2009), pouco disseminado no Brasil e até 2017 aparentemente fora do cenário esportivo capixaba. Por meio desse Projeto e suas ações pioneiras a modalidade esportiva passa por um processo de reavivamento que chama à atenção da sociedade a conhecer e participar da modalidade esportiva. Aos alunos a modalidade é apresentada, logo após são realizadas as inscrições e avaliação dos adolescentes interessados. As aulas são planejadas para desenvolver as habilidades partilhadas entre a natação e o polo aquático. Conhecendo a complexibilidade do processo de ensino e aprendizagem é possível perceber que, para o aluno apenas a aquisição motora não basta, necessita também um bom relacionamento social com os alunos. Autores como Freudenhein (2003) e Gama e Carrecedo (2010) sugerem que compreender o ser humano como totalidade implica num programa de ensino da natação associado ao do polo aquático e que o processo demanda estratégias que devem abranger competências de três domínios do comportamento: motor, afetivo-social e cognitivo. A proposta apresentada indica a valorização da formação multilateral, de modo a estimular o indivíduo nas mais variadas potencialidades. Ao longo do período de vigência do Projeto enfrentamos dificuldades iniciais como ausência de materiais específicos que foram solucionadas com algumas estratégias de adaptação e trato brando em relação a algumas regras do esporte que inviabilizaria o ensino do polo aquático. O projeto tem ganho consistência ao passo que a parceira entre as instituições citadas se intensificam e que ganhamos reconhecimento da Universidade, da Rede Municipal e sobretudo, pelo da sociedade. Atualmente, contamos com materiais originais do polo aquático (traves, bolas e raias), parte financiada pela Universidade e parte pela Secretaria de Educação de Vila Velha. Além dessa parceria o Projeto, por intermédio de um ex-atleta da seleção brasileira de polo aquático e pelas boas relações que mantém, conseguiu uma doação de alguns conjuntos de toucas oficiais de polo aquático, material de custo alto e consequentemente de difícil acesso.



Palavras-chave: Polo Aquático, Esporte Educacional, Extensão Universitária

Polo Aquático, Esporte Educacional, Extensão Universitária