Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, XV CONGRESSO ESPÍRITO-SANTENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO COMPLEMENTAR NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO FÍSICA
Ramiro Henrique Conceição Santana dos Santos, Milena de Oliveira Almeida, Tatiana Silva da Conceição, Rafaela Gomes dos Santos

Última alteração: 2018-09-02

Resumo


O mundo caminha para construção de uma sociedade cada vez mais inclusiva e os sinais desse processo de construção são visíveis com frequência, por exemplo, nas escolas, na mídia, nas nossas vizinhanças, nos recursos da comunidade e nos programas e serviços (SASSAKI, 2005). Sendo assim, é de grande importância a inserção do licenciando em Educação Física na rotina escolar inclusiva, pois é na escola que se consegue enxergar as qualidades e dificuldades quando se trata da inclusão, é fundamental para os discentes ter uma visão mais ampla do assunto, tirar suas dúvidas, medos e superar até mesmo as suas resistências, na qual ainda existe bastante ao trabalhar com alunos com necessidades especiais (SASSAKI, 2009; FREIRE; OLIVEIRA, 2004; BRASIL, 2000). Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo relatar as experiências vivenciadas em uma escola nos anos inicias do ensino fundamental da rede pública municipal em Teixeira de Freitas-BA. O estágio no qual é referido é complementar, ou seja, não obrigatório, porém é de grande importância vivenciar esses espaços, sendo enriquecedor para o nosso conhecimento, como discentes no curso de Educação Física, podendo assim proporcionar saberes e atitudes comportamentais perante várias situações com crianças, adolescentes e até mesmo jovens adultos em sala de aula. Com essa experiência de estágio foi possível desenvolver aos discentes as diversas facetas da educação inclusiva, a saber: o acompanhamento na escola na qual está sendo feito o estágio, que atende não apenas um aluno, mas todos aqueles que tem o laudo ou dificuldade de aprendizagem; o acompanhando a rotina dos professores regentes, nesse aspecto foi possível perceber que cada aluno com deficiência reage de forma diferente para os seus cuidadores e os seus incentivos e por isso o professor precisa realizar aulas planejadas e estruturada de maneira flexível, pois no processo de práxis pedagógica é que se dá o ensino aprendizagem dos professores e seus educandos. Nesse contexto, foi possível perceber também que a base familiar é de muita importância para o avanço dos alunos com necessidades especiais. Desse modo, em pouco tempo de experiência foi possível notar que muitas famílias são negligentes com a educação dos mesmos, acreditando que por terem suas deficiências não podem ser inclusos em sistema educacional regular, precisando assim de atendimento em escolas especiais. De acordo com Sassaki (2005) todas as formas até então vigentes de inserção escolar partiam do pressuposto de que devem existir dois sistemas de educação: o regular e o especial, aquelas crianças na qual conseguem acompanhar os colegas podem ser matriculadas no sistema regular, nota-se que muitas escolas, por vezes acabam aceitando alguns alunos especiais, porém sem nenhum preparo para atendê-los, assim inviabilizando a deficiência do aluno e até podendo mesmo constrangê-lo em certas atividades educacionais, dependendo do seu tipo de deficiência, seja motora, cognitiva, visual e auditiva (SASSAKI, 2009). Desta forma, enquanto licenciandos em Educação Física, vimos nesse estágio que podemos promover a aprendizagem de crianças com deficiência com base em atividades motoras e pedagógicas, favorecendo o desempenho educacional e motor da criança, relacionando-se com a área psicopedagógica no processo de ensino-aprendizagem das mesmas, provocando, assim, melhorias no desenvolvimento de pessoas com deficiências. Com isso, ressalta-se a relação da Educação Física com as áreas educacionais e psicopedagógicas no processo de ensino-aprendizagem de crianças com deficiência, pois esse componente curricular possui condições de favorecer esses benefícios (CASTELLANI FILHO, 2014; BRASIL, 2000). Portanto, mesmo diante dos problemas enfrentados no âmbito escolar, é dever do educador, cuidador, incluir, seja no convívio escolar e na sociedade em geral essas pessoas com necessidades especiais, afim de viabilizar melhores condições de vida, na perspectiva de inclusão e não integração.

Palavras-chave: Inclusão; Deficiência; Ensino Fundamental.

REFERÊNCIAS


BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: educação física. Secretaria de Educação Fundamental, v. 7. 2ª ed. Rio de Janeiro: DR&A, 2000.

CASTELLANI FILHO, Lino et al. Metodologia do ensino de Educação Física. Cortez Editora, 2014.

FREIRE, Elisabete dos Santos. OLIVEIRA, José Guilmar Mariz de. Educação Física no Ensino Fundamental: identificando o conhecimento de natureza conceitual, procedimental e atitudinal. Revista. Motriz. Rio Claro. V. 10. 2004.

SASSAKI, Romeu K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 7. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2006.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009, p. 10-16.

Palavras-chave


Inclusão; Deficiência; Ensino Fundamental.

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