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Hoje em dia uma questão colocada em voga é de que pessoas que vivem dentro do contexto de vulnerabilidade social se preocupam menos com suas medidas antropométricas, pois suas necessidades pessoais giram em torno de outras prioridades como a falta de recursos financeiros, a necessidade de se inserir no mercado de trabalho precocemente e a dificuldade em viver com a ausência de serviços públicos essenciais a vida. Essa afirmativa se torna um agravante ainda mais preocupante quando com base em estudos mais recentes que consideram pessoas que convivem no mesmo ambiente social e familiar e tendem a manter o mesmo estilo de vida, ainda mais quando são às crianças. Pesquisas mostram que filhos de pais obesos têm cerca de 80% de chances de serem obesos, ou seja, torna-se uma espécie de ciclo vicioso (SANTOS, CARVALHO, JUNIOR, 2007; FERREIRA ET. AL, 2017). Este estudo busca abordar o aspecto preventivo da Educação Física à prevalência de obesidade em áreas de vulnerabilidade social. Tendo como objetivo geral analisar as contribuições provenientes da criação de programas sociais para este fim. Buscando assim, especificamente, contextualizar obesidade e suas possíveis causas dentro do contexto de vulnerabilidade social, mapear os índices de crescimento da obesidade entre a população de baixa renda no Brasil e abordar a Educação Física sob seu caráter preventivo. A presente pesquisa caracteriza-se como bibliográfica, que segundo Gil (1996) é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, e utiliza como metodologia o caráter qualitativo para interpretação do estudo que ainda de acordo com Gil (1996) depende de muitos fatores, tais como a natureza dos dados coletados, a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que nortearam a investigação.Durante a pesquisa serão realizados levantamentos de dados a partir das bibliografias apresentadas e serão registrados em forma de fichamento para melhor organização e execução do cronograma de atividades.Para Santos, Carvalho, Junior (2007), a monitoria e classificação do peso é essencial para que medidas de intervenção sejam tomadas para evitar o crescimento dos níveis de obesidade, que segundo sofrem grande influencia dos fatores financeiros e socioculturais (LANES, 2010; KRAUSE, 2013). Santos, Carvalho e Junior (2007) afirmam que essa temática está envolta de uma questão educacional, barata e de fácil realização, pois na maior parte dos casos, é necessário que haja conscientização nutricional e maior gasto energético proveniente do exercício físico. Contudo, a série de relatos técnicos da organização mundial da saúde (OMS) aponta que as maiores partes das avaliações econômicas de prevenção e de tratamento da obesidade buscam apenas tratar a doença, ao invés de buscar alternativas de uma intervenção preventiva antes do seu real estabelecimento. As questões que envolvem a obesidade merecem atenção e cuidado pelo campo da Educação Física, conforme apontado por Abrantes (2002) que nos informa que 50% a 60% dos adultos obesos foram considerados crianças obesas. No mesmo sentido, Santos, Carvalho, Junior (2007) confirmam que as chances de crianças obesas aos cinco anos permanecerem obesas no futuro é de 80%. Portanto, este estudo se faz necessário à medida que pretende colaborar com a discussão sobre a relação entre prevenção e o incentivo às práticas de atividade física na infância e o contexto de vulnerabilidade social.

Educação física; Educação Física Preventiva; Obesidade.