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O projeto de pesquisa em questão engloba questões referentes a Educação Física, Saúde e a sua relação com a Educação Inclusiva. A partir da perspectiva das ciências humanas e sociais, almejamos analisar e compreender quais fatores relacionados à Saúde e à Educação Física interferem no processo de ensino e aprendizagem dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais. As etapas da pesquisa se desenvolverão a partir do levantamento bibliográfico acerca das produções na área, possibilitando identificar as lacunas que durante a formação do professor de Educação Física interferem no processo de ensino-aprendizagem dessa temática na educação básica. A partir das observações encontradas faremos uma incursão in loco, em 5 escolas públicas do município da Serra-ES, na perspectiva de potencializar práticas que possibilitem contribuir com uma Educação Física inclusiva, discutindo como a capacitação reverbera em ações significativas no contexto da educação escolar. Portanto, docência, processo de ensino-aprendizagem e práticas corporais em prol da saúde compõem o contexto de investigação sobre o qual as pesquisas se desenvolverão. Isto posto, para garantir efetivamente a inserção dos alunos com deficiência no ensino regular é preciso investir na formação de profissionais qualificados, com entendimento em saúde e humanização (inclusive por parte dos alunos), na organização da escola (reorganização dos espaços) e o apoio da família dentro e fora do contexto escolar. Além dessas questões, proporcionar momentos de experiência de alunos em formação com profissionais que possuem mais tempo nesse campo de atuação é fundamental, já que durante o período de formação, apenas as disciplinas teóricas não conseguem proporcionar essas experiências que agregam na nossa formação pessoal e profissional. Ao dialogar sobre essa questão, Costa (2010) reafirma que na formação docente há uma escassez de conteúdos e, por assim dizer, disciplinas, bem como habilitações que possam contribuir qualificação desse profissional para atuar no processo de inclusão escolar dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Ao discorrer sobre essa constatação, Fiorini; Manzini (2014) indicam que as dificuldades para incluir os alunos no contexto da educação escolar estão além das condições de trabalho, de modo que se concentram na indisponibilidade de parte dos docentes em aceitar mudanças, refletir e modificar sua conduta, assim como o desinteresse em estudar e dialogar com os pares acerca de possibilidades e novas ideias. A insegurança dos professores de Educação Física também pode ser um fator que dificulta a inclusão do aluno com deficiência. Nesta perspectiva, esta pesquisa é de extrema relevância para mostrar à área da educação o quanto é importante o planejamento coletivo/colaborativo para o ensino aprendizagem dos alunos, o crescimento profissional de ambos os envolvidos, como também a possibilidade de narrar e poder registar como esses momentos tão pertinentes no processo de formação profissional, visto que é na interação com o outro que nós enquanto profissionais nos constituímos e aprendemos. Além disso, a possibilidade de lidar com pessoas que apresentam Necessidades Educacionais Especiais, é um aspecto diferencial durante a nossa formação, buscando a qualificação do planejamento e atendimento a este público específico, ampliação do campo do saber (educacional e em saúde), relações profissionais, além de proporcionar melhores condições de aprendizado desses alunos na rede escolar de ensino. Desta maneira, entender de que forma este profissional pode potencializar sua prática contribuindo em saúde e educação a este grupo, ainda é um desafio.

Inclusão; Educação Física; formação continuada; práticas pedagógicas.