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A PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA/INCLUSIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Isabella Jacob Voltarelli, Bruno Rodrigues Pereira, Ana Paula Salles da Silva

Última alteração: 2017-01-24

Resumo


A presente pesquisa tem o objetivo verificar a percepção de professores sobre a formação inicial na disciplina Educação Física Adaptada/Inclusiva. A metodologia que foi utilizada na construção dessa pesquisa foi a revisão sistemática, para achar os trabalhos que foram analisados, buscou-se no site do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) que tem acesso a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDBT), utilizando como palavra-chave “Educação Física Adaptada”, a partir dessa pesquisa apareceram cento e uma teses (101). Na sequência foram analisados os títulos, resumos e palavras-chave, sendo selecionados dez teses e dissertações que tratavam da formação profissional de professores em Educação Física Adaptada/Inclusiva. Num segundo momento foi realizada um estudo mais detalhado da metodologia dos estudos, selecionando as teses e dissertação que tivessem o foco centrado na percepção de docentes sobre a formação inicial. Após esse processo restaram apenas três dissertações. Para a análise foram relacionadas as percepções dos 19 docentes investigados nas dissertações e também de seus respectivos autores. Os resultados da pesquisa indicam que: a) dos conteúdos ministrados na disciplina de Educação Física Adaptada há uma predominância nas questões biológicas; b) que estes conteúdos são abordados de forma teórico-prática, na maioria das vezes através simulações e em algumas vezes por meio da experiência de intervenção com pessoas com deficiência; c) que os professores consideram a disciplina insuficiente para a atuação profissional com pessoa com deficiência; e d) apenas um professor destacou a necessidade de se pensar um currículo interdisciplinar. Consideramos que a formação inicial na percepção dos docentes demonstrou fragilidades acerca da organização do currículo e que os próprios docentes não percebem a falta de diálogo entre as disciplinas. Também destaca-se que a predominância de uma formação de caráter biológico dificulta os avanços necessários a uma formação inicial pautada sobre os princípios da inclusão. Por último, ressalta-se que a carência de experiência de intervenção com pessoas deficiência produz um distanciamento entre o que é ensinado e as demandas sociais das pessoas com deficiência.
Palavras chave: Formação Profissional, Educação Física Adaptada, Inclusão.