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POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A INFÂNCIA E SECUNDARIZAÇÃO DO CORPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Pâmella Gomes de Brito

Última alteração: 2017-01-24

Resumo


O presente resumo apresenta algumas reflexões iniciais quanto à cultura e a educação, a partir de uma relação dialógica existente nas esferas biológica e social, quanto a compreensão da cultura corporal, bem como, quanto as políticas públicas para a infância, Rodrigues (2013); Luca e Machado (2012), a fim de refletir a garantia dos direitos infantis à cultura corporal, efetivado pela presença do(a) Professor(a) de Educação Física. Alguns conceitos da proposição de Vygotsky et. al. (1988; 1996; 2003) e de seus colaboradores, tais como Luria (1986), presente na teoria histórico cultural, assim como, apontamentos quanto ao conceito de cultura em Williams Reymond (1979; 2016), que dão o aporte necessário para o entendimento e ampliação da cultura corporal apresentada pelo Coletivo de Autores (1992), também, sua importância e necessidade, ou seja, uma compreensão para a educação do corpo que rompa com a visão dualista de corpo e consciência. Dessa forma, as reflexões giraram em torno das possibilidades da atuação pedagógica, e da ausência de políticas públicas que contemplem a cultura corporal e trazem uma profunda reflexão acerca da práxis educativa do corpo, onde se pôde concluir que, as ações formativas pautadas na ampliação dos espaços e experiências corporais, possibilitam a construção de novas relações e articulação com a realidade/totalidade educacional e a prática social, podendo a Educação Física, como disciplina escolar, assumir verdadeiramente o papel de contribuição com uma formação humana emancipatória a partir da educação do corpo na Educação Infantil. Dessa forma, podemos afirmar que, apesar das possibilidades positivas de intervenção pedagógica, é longo o caminho a ser trilhado quanto a compreensão da infância e de suas necessidades educacionais, assim como, assegurar a garantia de direitos. Não se pode desconsiderar os ganhos desde a Constituição Federal (1988) até a LDB (1996), porém é preciso superarmos a onipresença das concepções médico-higienistas imbricadas nas concepções pedagógicas, no imaginário social e na própria prática professoral.