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Este trabalho é resultado da experiência na disciplina de Estágio Supervisionado I, do curso de Licenciatura em Educação Física Universidade Federal de Goiás (UFG). Este estágio durou um ano, com carga horária de 200 horas, período em que estudamos mais a fundo as teorias da didática e da organização do trabalho pedagógico, partindo depois para a pesquisa e intervenção no campo de estágio. Nossa experiência de Estágio se deu na Escola Municipal Aristoclídes Teixeira, com uma turma do Ciclo II, em que os alunos têm em média 12 anos de idade (turma G2), desenvolvendo um planejamento pedagógico que contemplou os conteúdos de “Lutas e Artes Marciais” e “Capoeira”. Devido a alguns descompassos de calendário, nosso tempo pedagógico de regência ficou limitado a 5 aulas. Como previa a organização de nosso Estágio, nossas atividades no campo começaram com uma pesquisa aprofundada para entendermos a dinâmica da escola e sua organização do trabalho pedagógico. Utilizamos três instrumentos de pesquisa: observação participante, análise documental e entrevista livre com as pessoas envolvidas em todo esse processo (BRUYNE et al, 1991). Para o desenvolvimento do nosso trabalho na escola, nos apoiamos na Pedagogia Histórico – Crítica de Saviani (1999), na proposta pedagógica da Educação Física denominada crítico – superadora, do Coletivo de Autores (1992), além de outras referências trabalhadas na disciplina e fora dela. Partimos da perspectiva de que a escola não é determinante da estrutura social, mas sim determinada por ela. Isso implica dizer que a prática pedagógica não tem fim em si mesma, mas na formação humana, fundamentada pelas bases sociais e para intervir nas bases sociais, de maneira a transformá-la. Isso se materializou na construção do conceito de Lutas e Artes Marciais, onde avançamos em seus significados, entendemos ambos na história e os diferenciamos entre si e do senso comum de que luta é briga. Avaliamos que o Estágio Supervisionado foi de suma importância para uma prática pedagógica posicionada, condizente com os anseios da classe trabalhadora e seus filhos, apoiando-se no que há de mais avançado teórico e metodologicamente.

REFERÊNCIAS
BRUYNE, Paul de; HERMAN, Jacques e SCHOUTHEETE, Marc de. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os polos da prática metodológica. 5º edição, Rio de Janeiro.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da Organização do Trabalho Pedagógico e da Didática. Tese de Livre Docência apresentada à Faculdade de Educação da UNICAMP, 1994.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. 41º Edição. Campinas: Autores Associados, 2009.

Palavras chave: Educação Física Escolar; Estágio; Lutas