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HOSPITALIDADE VIRTUAL POR MEIO DE REALIDADE AUMENTADA DE BAIXO CUSTO (QRCODE): TOUR CODE NA CIDADE DE PRESIDENTE PRUDENTE / SP
Yuri Correa dos Reis

Última alteração: 2019-09-30

Resumo


A utilização de dispositivos móveis no Brasil registrou em dezembro de 2015, mais de 250 milhões de linhas ativas na telefonia móvel. As transformações tecnológicas influenciaram, notavelmente, a prática do trabalho, da hospitalidade, lazer, e do turismo. Para Lashey (2004), hospitalidade pode ser analisada com base em três domínios: social, privada e comercial, e representa, fundamentalmente, o ato troca. Nestes três domínios a hospitalidade é interpretada como uma forma de relação humana baseada na ação recíproca entre visitantes e anfitriões. Portanto, ela está associada à relação social, aos vínculos, em suma, à dádiva. Soares (2013) e Spolon (2009) apontam outro tipo de hospitalidade, a virtual, baseado na realidade da vida contemporânea. As mídias digitais são o meio principal de relacionamento com todas pessoas, sejam moradores, clientes, visitantes, ou turistas, que avançam para além do uso de computadores pessoais como os smartsphones e tablets. A capacidade de interatividade desses aparelhos tem se mostrado ilimitada, assim como o acesso a eles.O presente trabalho tem por objetivo discutir e apresentar um estudo da utilização da tecnologia QRCODE no centro da cidade de Presidente Prudente – SP. Busca aliar lazer e tecnologia de baixo custo para promover interatividade e qualidade de vida. O método se caracterizou como um estudo qualitativo para definir a ideal utilização de um meio de tecnologia de informação, de baixo custo, que permita a moradores, turistas e visitantes um passeio histórico, cultural e arquitetônico com interatividade e de fácil elaboração e alto impacto. Para alcançar esse objetivo, realizou-se em parceria público-privada levantamento dos locais com notória importância histórica no centro da cidade, bem como avaliação e elaboração de informações a serem disponibilizadas aos turistas. Ressalta-se que a parceria se deu como estratégia de clusterização de atividades em prol da qualidade de vida da população autóctone, em especial levando em conta externalidades, cooperação, extravasamentos por meio de colaborações entre empresas do setor terciário e terciário superior. Baseando-se em Camargo (2003) na questão da hospitalidade virtual, entende-se “turista” - no sentido lato - como o morador-visitante em sua própria cidade, levando em conta sua mobilidade urbana em movimento pendular, com foco na apropriação do espaço público, e estratégias de produção do espaço pelo turismo pelo viés de quem habita a cidade. Buscou-se pensar a hospitalidade virtual pela relação entre local visitado e visitante (morador ou turista) “[...] emissor e receptor da mensagem são respectivamente anfitrião e visitado, com todas as conseqüências que essa relação implica” (CAMARGO, 2003, p.17). Após a realização desse trabalho, o turista ou visitante possuidor de um Smartphone ou Tablet compatível com a tecnologia QRCODE, pode agora, usufruir de informações turísticas por meio de realidade aumentada, desfrutando, assim, de uma hospitalidade virtual mais ampla e informativa dos atrativos turísticos visitados, guiada ou autoguiada. Por fim, essa pesquisa visou agregar tecnologia ao turismo e integrar os elementos histórico-culturais, empresas e população autóctone no processo do pensar o turismo, levando também, esses ao encontro do contemporâneo mundo virtual e de realidade aumentada, em um ócio tecnológico-ativo.