Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

Tamanho da fonte: 
TRAJETÓRIAS, SABERES, COMPETÊNCIAS E AÇÕES DO GESTOR PÚBLICO DE ESPORTE E LAZER NO MINISTÉRIO DO ESPORTE (2003-2018)
Ana Elenara Pintos, Helder Ferreira Isayama

Última alteração: 2019-09-03

Resumo


Buscando analisar as trajetórias dos gestores que chefiaram as secretarias nacionais (SNDEL e SNELIS) do Ministério do Esporte - ME, a pesquisa de Doutorado no Programa de Estudos do Lazer, da Universidade Federal de Minas Gerais, visa identificar seus saberes e competências, escolhas realizadas e justificativas, os desdobramentos dessas políticas públicas, no período de 2003 a 2018 , assim como pelos desafios postos a esses direitos na agenda política do País.
O poder público cuja representação está centrada na figura do gestor tem a incumbência de analisar e interpretar a política, bem como efetuar os direcionamentos instrumentais necessários para a implantação e o desenvolvimento de políticas públicas. Isto porque “o acesso ao esporte e ao lazer não é somente um projeto de governo, e está presente no aparato legal do Estado brasileiro, com sua importância reconhecida e necessitando ser implantado, portanto, como projeto de Estado” (LAZZAROTTI, 2007, p 112).
No âmbito federal, foco deste estudo, o esporte já esteve vinculado a diferentes setores, de diversas formas. Somente em 2003 , o esporte ganhava independência, jurídica, técnica, administrativa e orçamentária. Athayde (2015) ressalta que, até o governo Lula, as políticas esportivas careciam de melhor organicidade e estruturação no planejamento governamental.
Diante do exposto, é preciso conhecer o perfil dos dirigentes federais, inteirar-se da motivação de suas escolhas, trajetórias e maneiras de fazer, a fim de identificar os diferentes formatos construídos para a presença desses campos como setores das políticas públicas no governo federal.
Esporte. Lazer. Política. Formação. Atuação

Optamos por uma pesquisa social qualitativa. Com base nos documentos disponibilizados no portal eletrônico do Ministério Cidadania, temos pesquisado informações sobre o extinto ME, as secretarias finalísticas, ex-gestores, as atribuições exigidas para o desempenho da função de secretário(a) nacional, bem como ações, programas e projetos desenvolvidos no respectivo período. Além disso, o estudo prevê pesquisa bibliográfica e de campo (entrevistas semiestruturadas).
No que diz respeito ao tratamento dos dados, optamos pela técnica de análise de conteúdo, proposta por Bardin (1977). Isto porque ela envolve um conjunto de técnicas de análise das comunicações que visam obter indicadores que permitem a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção e recepção das mensagens.
Levando em consideração o recorte temporal escolhido, contatamos que no decorrer desse tempo, o ME contou com nove secretários nacionais responsáveis pela condução das secretarias finalísticas que trataram sobre o esporte de participação.
Até o momento, é possível perceber que, ao longo de 15 anos, ocorreram transições de governos, reestruturações organizacionais no âmbito do ME, consequente alternância de gestores, mudanças significativas de rotas, permeadas por disputas políticas e, não diferente, por acertos e contradições.

ATHAYDE, P. O. “lugar do social” na política de esporte do governo Lula. In: MATIAS, W.; ATHAYDE, P.; MASCARENHAS, F. Políticas de Esporte nos anos Lula e Dilma: Thesaurus, 2015.
BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução de Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 1977. 223 p.
DENZIN, N.; LINCOLN, Y. S. The Sage Handbook of Qualitative Research. 3. ed. Londres: Sage, 2005.
LAZZAROTTI FILHO, A. Formação para a Ação: a Experiência do Esporte e Lazer da Cidade no “Nortão” do Mato Grosso. In: CASTELLANI FILHO, Lino (Org.). Gestão Pública e Política de Lazer: A Formação de Agentes Sociais. Campinas, SP: Autores Associados, 2007. p. 112.

Texto completo: XML