Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

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ATIVIDADES DE LAZER E A DEPRESSÃO EM IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA
Israel Zaze Guedes, Leônidas Alves Rosa Junior, Leonardo Carvalho, Ketlin Fernanda Cruz, Nairelle NAVAKOSKI, Pedro Paulo Brotto, Paula Born, Priscila Chupil

Última alteração: 2019-10-21

Resumo


A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, ou até mesmo a “doença do século”, alcançando adolescentes, jovens, adultos e idosos. No Brasil, atinge cerca de 5,8% dos habitantes (OMS,2018). Sua incidência é estimada em aproximadamente 17% da população mundial. O aumento do envelhecimento populacional está diretamente relacionado a maior incidência de doenças psiquiátricas, sendo assim as taxas de prevalência variam entre 5% e 35%, quando consideramos as diferentes formas e a gravidade da depressão (CARVALHO,2006). Segundo Leite (2006) quando a depressão é suficientemente severa, a ponto de necessitar de atenção clínica, ocorre um certo grau de prejuízo na funcionalidade do indivíduo. Em um artigo de revisão recente, pesquisadores sugerem que, dentre outros métodos, a atividade física pode ser considerada eficaz no tratamento da depressão (FRAZER/2005). Sendo assim, o objetivo desse estudo foi discutir a relação entre a atividade de lazer de um projeto de extensão em uma instituição de longa permanência e os seus efeitos na depressão de idosos. A metodologia empregada na pesquisa é um relato de experiência de atividades de lazer realizadas em uma instituição de longa permanência desenvolvida por um projeto de extensão da Universidade Positivo e uma integração dos graduandos de Educação Física e Pedagogia. Na primeira visita ao lar de idosos, foi realizado dois testes para analisar os fatores psíquicos na população idosa, tais como: MEEM (Mini Exame do Estado Mental) e GDS (Escala de Depressão Geriátrica). Esses exames são comumente utilizados para rastrear perda cognitiva e avaliar o grau de depressão. Após a aplicação desses testes, 3 encontros foram realizados no lar de idosos com atividades de lazer e recreação. Através da análise dos testes, do relato de experiência e da busca de artigos científicos, foi discutido a relação entre esses dois aspectos, cognitivo e depressão, sendo o exercício e as atividades de lazer uma proposta de melhoria desses quadros. Os resultados apresentaram uma relação entre o estado mental e o grau de depressão, onde os idosos que tinham depressão leve ou severa tiveram um escore mais baixo no teste MEEM em relação aos idosos com quadro psicológico normal que tiveram uma pontuação melhor. No entanto os exercícios e atividades de lazer, se mostraram eficientes no desenvolvimento e melhoria desses quadros, principalmente pela perspectiva neuromotora. O principal intuito do nosso projeto de extensão é proporcionar um envelhecimento bem-sucedido, portanto ressaltamos a necessidade de mudança com relação as atividades físicas como também de lazer. Sendo que os resultados até o momento são surpreendentes, pois de acordo com análises das atividades aplicadas, pode-se observar diferenças significativas no comportamento dos idosos com quadro depressivo em relação aos considerados normais. No entanto, pode-se concluir que as atividades de lazer e recreação oportunizam o melhor funcionamento das funções neurais, uma vez que as habilidades motoras e cognitivas sejam ativadas o comportamento e resposta dos idosos tendem a melhorar, gerando uma resposta positiva no contato social e automaticamente na depressão.
Palavras-chave: Depressão. Cognitivo. Envelhecimento. Lazer. Exercício.

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