Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

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FESTIVAIS RECREATIVOS DE BATALHAS DE HIP HOP COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO E LAZER PARA ADOLESCENTES INTERNADOS NA UNIDADE DA NOVA SEMILIBERDADE DO PARÁ (FASEPA)
Douglas Carvalho Rocha, Lidiane Oliveira Matos, Leila da Costa Almeida

Última alteração: 2019-10-21

Resumo


O presente trabalho trata-se de um projeto de intervenção desenvolvido para os socioeducandos da unidade da Nova Semiliberdade do Pará, na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (FASEPA).O objetivo desta proposta foi promover atividades de educação e lazer para estes jovens envolvendo festivais de batalha de hip hop, a fim de fazê-los refletir sobre a realidade social em que vivem.
Todas as atividades que formaram este projeto foram pautadas na valorização da cultura vivenciada pelos jovens e pela promoção do lazer que estas ações podem proporcionar, sendo este uma ferramenta importante para que os adolescentes se interessem pelas atividades, pois segundo Godtsfriedt (2010, p. 01): “utilizar o lazer como veículo educador, e objeto de educação, é instigar nas crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos o espírito de coletividade, criar ambientes lúdicos, e que envolvam atividades físicas associadas a momentos de alegria e diversão.” Nesse sentido, o lazer será de fundamental importância para o bom andamento do projeto pela diversão associada ao aprendizado e possível desenvolvimento dos envolvidos.
Como metodologia utilizamos a Pedagogia Histórico-Crítica, proposta por Saviani (2001), que distribui a transmissão do conhecimento do professor ao aluno pelo método dialético no qual identifica os cinco momentos cruciais para culminância das batalhas de hip hop.
Como resultado percebeu-se pequenas mudanças de comportamento nos adolescentes para uma melhor sociabilidade, criatividade, construção de valores que os façam refletir sobre perspectivas de futuro e projetos de vida que contribuirão para a recuperação e ressocialização desses indivíduos.
Concluímos que este novo olhar é um processo difícil e de trabalho árduo e que, provavelmente, não atingirá uma totalidade dos indivíduos envolvidos no projeto, mas o dever e o papel da socioeducação é tentar devolver à sociedade indivíduos que tenham oportunidades de escolha e não voltem ao mundo do crime.

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