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PRÁTICAS CORPORAIS, ATIVIDADE FÍSICA E LAZER NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE CURITIBA
Juliano Schmidt Gevaerd, Flávia Celene Quadros, Angela Cristina Lucas de Oliveira, Gustavo de Moraes Galvão

Última alteração: 2019-10-02

Resumo


Introdução/Conceituação: No Brasil, o aumento da expectativa de vida, do consumo de alimentos não saudáveis, sedentarismo e do tabagismo impulsionaram o número e a complexidade de condições crônicas, a exemplo da obesidade, hipertensão, diabetes e transtornos mentais. Em 2009, como uma das estratégias para enfrentar esse desafio, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba inseriu no seu quadro funcional profissionais de educação física (PEF) nas equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Essas equipes devem apoiar as Unidades de Saúde (US), atuando de maneira integrada, potencializando as ações da Atenção Primária à Saúde (APS), agregando novas ofertas de cuidado e aumentando a capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde. A inserção dos PEF nessas equipes buscou ampliar as possibilidades de acesso à população usuária das Unidades de Saúde (US) de práticas corporais, atividade física e lazer.

Metodologia: Na atuação dos PEF nas US destacam-se: atividades coletivas cardiometabólicas, para fortalecimento muscular e de flexibilidade/alongamento; atendimentos individuais; práticas corporais e de lazer , incorporando brincadeiras, jogos, danças, passeios, gincanas, bailes, envolvendo os diversos espaços públicos, de modo multidisciplinar e intersetorial.

Palavras-chave: Atividade física, atenção primária à saúde, promoção à saúde.

Resultados: Em 2018 os PEF realizaram 6.207 atividades coletivas e 5.748 atendimentos individuais nas US. Seu trabalho impactou para os resultados positivos alcançados por Curitiba atualmente. Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, de 2016 para 2018 percebeu-se: redução dos índices de obesidade, excesso de peso e uso abusivo de álcool, diminuindo fatores de riscos para doenças cardiovasculares na população; redução de 7,1% na mortalidade prematura (30 a 69 anos) por doenças do aparelho circulatório e; redução da frequência de adultos com diagnóstico médico de hipertensão arterial e diabetes.

Conclusões/Considerações finais: O acesso ao aconselhamento e a ampliação da oferta de práticas corporais, atividade física e lazer na APS de Curitiba tem fortalecido substancialmente a promoção de estilos de vida mais saudáveis, bem como a melhoria do gerenciamento das doenças crônicas da população.

Referências:
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNaPS): revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006. Brasília, 2014.
SANTOS, D. S.; GUIMARAES, M. H.; CARNEIRO, L.; BORGES, L. J. Physical Education Professionals and their Role in Primary Care in Curitiba. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 22,p. 95-99, 2017.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília, 2019.