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Bullying é um termo de origem inglesa, popularizado pelo professor de psicologia Dan Olweus (1999). Em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, alunos que intimidam alunos verbal e fisicamente são chamados de bullies (valentões). E é precisamente a essa prática que se refere o termo bullying: gestos que intimidam e agridem pessoas tanto verbal quanto fisicamente. A prática é deliberada e recorrente, ou seja, o agressor tem prazer em humilhar a vítima e volta a praticar inúmeras vezes. Os ataques ocorrem sem motivo aparente, afirma Olweus. No Brasil, esse fenômeno acontece há muito tempo e está presente em todas as escolas, sejam elas da rede pública ou particular, mas só passou a ser estudado no Brasil nas últimas décadas. Os profissionais da educação devem possuir conhecimento, pois ele ocorre frequentemente nas escolas através das relações interpessoais dos alunos. O estudo teve como objetivo identificar os locais em que ocorre o bullying, entre os alunos das escolas pesquisadas. O estudo foi de caráter quantitativo e participaram do estudo 60 alunos do 4º e 5º ano de duas escolas da rede pública da cidade de São José dos Pinhais, PR. O instrumento utilizado foi um questionário com questões fechadas, aplicado uma única vez em cada escola. Para a tabulação e análise de resultados, utilizou-se o Software SPSS; como base para a discussão dos resultados se fez uso de estudos de Fante (2005), Silva (2010) e Libório (2008). Todo processo de coleta iniciou-se após a aprovação do projeto no CEP, parecer nº 1.034.052. Os resultados apontaram que mais de um quarto dos alunos da escola já sofreram bullying. Os locais em que os alunos mais sofreram bullying nas escolas pesquisadas foram a sala de aula e o recreio. Concluiu-se que há uma frequência significativa de ocorrências de bullying nas escolas pesquisadas e que o local mais vulnerável a estas ocorrências, nessas escolas, é a sala de aula e o recreio, ambos com 26,1%, seguidos, nos banheiros, com 8,1% e cantina com 4,3%. Quanto a maior frequência de casos de Bullying identificados na sala de aula e recreio, pode estar relacionada ao grande tempo que os alunos passam juntos, permitindo que os agressores possam observar minuciosamente as atitudes de seus colegas em sala de aula, podendo escolher e agir sobre a vítima com mais facilidade no horário do recreio, quando longe dos olhos dos professores. Como próxima etapa do trabalho, sugere-se realizar um programa de intervenção com aplicação de jogos e brincadeiras no horário do recreio, como forma de diminuir o número de ocorrências, principalmente, nos locais apontados na pesquisa.
Palavras-chave: Bullying. Escola. Criança.

Referências

Fante, C.. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz; Ed. Verus, 2005.
Libório, R. M. C. Um Estudo Sobre Bullying entre Escolares do Ensino Fundamental. Scielo, 2008.
Silva, Ana Beatriz B. Bullying: mentes perigosas nas escolas; Ed. Objetiva, 2010.
Olweus, D. (1999). Europe - Scandinava - Sweden. In P. K. Smith, Y. Morita, J. Junger-Tas, D. Olweus, R. Catalano, & P. Slee (Eds.), The Nature of School Bullying - A cross-national perspective (pp. 7-27). London and New York: Routledge.