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PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA E O ESPORTE ORIENTAÇÃO: EM FOCO O PROGRAMA SEGUNDO TEMPO -FORÇAS NO ESPORTE
Patrícia Chaves de Araújo, Anacleto Araújo Santos

Última alteração: 2019-10-01

Resumo


Introdução
Este trabalho tem por finalidade descrever a vivência e aplicação do Esporte Orientação. O mesmo partiu por intermédio do Programa Segundo Tempo – Forças no Esporte (PST-PROFESP), como monitor de Educação Física, na Estação Rádio métrica da Marina em Belém do Pará.
A democratização e terminologia das chamadas Práticas Corporais de Aventura ou Atividades de Aventura vem sendo debatida por muitos estudiosos da área entre eles, Pimentel (2010), Marinho (2008), Betran(2003) e Inácio et al, (2005). Esses estudos são decorrentes da necessidade de se buscar alternativas para popularizar essas práticas, facilitando o acesso das camadas sociais economicamente menos favorecidas. Em um momento fortemente marcado pela descrença em relação às ações do Estado, são raras as iniciativas com enfoque na execução de políticas públicas destinadas a superar as barreiras que impedem o acesso da maioria da população às atividades de esporte e lazer, tendo em vista a evidente elitização e a mercantilização que essas práticas podem suscitar em face de suas características peculiares.

Palavras-chave: Práticas corporais de aventura. Esporte orientação. Programa Segundo Tempo -Forças no Esporte.


Metodologia
A pesquisa descritiva foi utilizada para a construção de cinco unidades didáticas desenvolvida pelos bolsistas, seguida de sua aplicação nas turmas de primeiro ano do projeto com as crianças/adolescentes participantes do Programa.As observações foram realizadas pelos autores com atenção aos eixos norteadores para reflexão acerca da temática: 1. Quais as atividades referentes ao acesso aos esportes na natureza e atividades de aventura são desenvolvidas no Programa? 2. Como se dá o acesso a essas atividades por parte das crianças participantes do projeto?



Resultados
foi possível identificar o caráter inovador do Programa Segundo Tempo – Forças no Esporte, no trato com o esporte orientação, enquanto uma iniciativa importante do referido Programa, que objetiva democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte,além de promover o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, por meio de atividades esportivas educacionais e de lazer.

Conclusão/Considerações Finais
Podemos concluir que o programa tem a capacidade de atingir seu objetivo de proporcionar atividade de aventura para crianças e adolescentes praticantes do esporte Orientação. Foram muito satisfatórios os resultados obtidos com a aplicação desta Unidade Didática, todos os alunos tiveram uma grande aceitação da proposta, assim como puderam conhecer e realizar atividades diferentes enquanto práticas corporais de aventura.
Ao longo do trabalho, ficou muito claro que os educandos estão sempre dispostos a obter e praticar de novos conhecimentos, e a práxis com o esporte “Orientação” foi uma amostra de como o PST-PROFESP pode, a cada aula, trazer novos conhecimentos e sensações prazerosas através das práticas corporais de aventura. No entanto, podemos também indicar, a partir das observações, que melhores resultados podem ser obtidos caso a população possa ser integrada nas etapas de planejamento e preparação das atividades do Programa.
Cabe também registrar a existência de barreiras que limitam o potencial do programa, a necessidade de ampliar a quantidade de equipamentos de segurança, pois, a pequena quantidade acaba por determinar longas esperas.

Referências
BETRÁN, J. O. Rumo a um novo conceito de ócio ativo e turismo na Espanha: as atividades físicas de aventura na natureza. In: BRUHNS, H. T.; MARINHO, A. (Org.). Turismo, lazer e natureza. São Paulo: Manole, 2003.

INÁCIO, Humberto L. D. et al. Bastidores das práticas de aventura na natureza. In: SILVA, Ana M.; DAMIANI, Iara R. (Orgs.). Práticas corporais: experiências em Educação Física para outra formação humana. Florianópolis (SC): Nauemblu Ciência e Arte, 2005, v.3, p.69-87.

MARINHO, A. Lazer, aventura e risco: reflexões sobre atividades realizadas na natureza. Movimento, Porto Alegre, v. 14, n. 2, p. 181-206, 2008.

PIMENTEL, Giuliano Gomes de Assis (Org.) Teorias do Lazer. Maringá-PR: Eduem, 2010.