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“A VELHICE ESTÁ NA CABEÇA!” OS GRUPOS DE CONVIVÊNCIA COMO ESPAÇO DE LAZER, DO CUIDADO DE SI E ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA NO MUNICÍPIO DE TOLEDO - PR
Márcia Franciele Spies, Marco Antonio Arantes

Última alteração: 2019-10-01

Resumo


“Envelhecer é a coisa mais moderna que existe”. Nos versos de Arnaldo Antunes encontramos a síntese perfeita para descrever uma das maiores conquistas da humanidade no século XXI: o aumento do número de longevos. Essa mudança no perfil etário da sociedade contemporânea configura-se em viver mais e melhor, jovializar a velhice e afastar a todo o custo o risco de envelhecer. Neste sentido, percebem-se também alterações em como o idoso compreende o seu envelhecimento reconhecendo nele uma fase de enfrentamento, um momento no qual consegue desenvolver novas maneiras de “cuidar-se de si” em um processo de reinvenção do ato de viver a velhice, não excluindo a morte e a doença do percurso da vida, mas inventado formas positivas de recriar-se, assumindo para si a responsabilidade que essa fase da vida traz com todas as suas perdas e ganhos. Nos Grupos de Convivência de Toledo os velhos assumem o papel de protagonistas da sua história a fim de trazer mais alegria e leveza para a vida, de se libertar das amarras para viver a velhice como um privilégio. Esses espaços também são considerados uma alternativa de lazer para esse público, devido à diversidade de atividades que oferecem e que vão de encontro ao interesse dos idosos. Nessa premissa, este estudo tem como tema central de pesquisa a velhice como um acontecimento pleno, um momento de celebrar a vida e a possibilidade de invenção de diferentes modos de existência, uma fase onde o sujeito tome para si a responsabilidade da sua história, utilizando-se do tempo e do espaço para realizar atividades prazerosas.