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O interesse por esta pesquisa surgiu a partir das experiências das pesquisadoras durante o estágio obrigatório no Trabalho Social com Idosos do SESC Doca. A memória é uma das faculdades mentais de que pessoas mais frequentemente se queixam ao longo da vida. Neste sentido, este trabalho tem por objetivo relatar as experiências das oficinas e dinâmicas voltadas à memorização dos idosos participantes, além de promover o debate a respeito das relações intergeracionais entre jovens através do voluntariado e participação ativa dos idosos e seus familiares. Viver mais concedeu uma maior possibilidade de usufruir de uma velhice com saudosismo, deste modo, pensar em envelhecimento requer uma análise sobre as transformações biopsicossociais que perpassam este segmento, um deles está ligado à memória do idoso, que se configura como tema e objeto central deste estudo, visto que uma considerável parcela entre os idosos apresentam uma demanda relacionada com o declínio nas condições cognitivas, destaca-se fatores como a dificuldade de armazenar informações e de resgatá-las. Observa-se que em detrimento desses fatores, esses idosos apresentam sinais de auto-abandono e isolamento social, além da queda na auto-estima, aspectos que contribuem de modo negativo na vida destes. A pesquisa envolveu cerca de 20 idosos, com idade entre 60 e 80 anos, durante o mês abril de 2018. As atividades desenvolvidas possibilitaram a valorização e resgate da memória de infância e juventude dos idosos do Grupo. Este projeto possibilitou aos idosos a preservação de suas capacidades cognitivas além do estímulo para novas aprendizagens e vencer os preconceitos relacionados ao processo de envelhecimento, entre eles o de que os idosos têm que se conformar com o declínio de memória.