Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

Tamanho da fonte: 
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO E SEUS HUMANOS VIAJANTES
Juliana Sodré Brito

Última alteração: 2019-10-01

Resumo


Entendemos que é o afeto, e a necessidade do ser humano de interação em uma sociedade por vezes hostil e quase sempre individualista que torna os vínculos homem-animal de estimação mais fortes. Prova deste movimento é a constatação de que estes animais podem estar ocupando um novo espaço nas famílias, como demonstra o resultado da Pesquisa Nacional de Saúde sobre a população de animais de estimação no Brasil divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013),como que indicou que no Brasil há mais cães do que crianças de até 14 anos, o que significa que 44,3% dos domicílios do país possuem pelo menos um cachorro, tornando a população de cachorro 52,2 milhões, ou seja, em média 1,8 cachorros por domicílio. Esses dados oferecem sustentação à ideia de que a vida humana, compartilhada com os animais, está instituída como uma nova forma de existência, que atende as necessidades atuais de determinados grupos de pessoas (FARACO, 2008). Como consequência, cada vez mais turistas viajam com seus animais, o que exige serviços e equipamentos turísticos e hoteleiros adaptados a esse público. O turismo com animais de estimação ainda é pouco explorado, havendo um grupo que é ainda essencialmente restrito, apesar de crescente, de estabelecimentos de hotelaria e serviços de turismo que aceita e lida com o público relacionado a esse nicho. Tornam-se necessárias, então, pesquisas mais robustas e incisivas para que possamos descobrir como eles geram, econômica e socialmente, impactos no turismo, assim como no ambiente e nas soluções de sustentabilidade. Nosso trabalho pretende explorar um pouco mais este mercado, tentando entender melhor suas possibilidades, limites e restrições. Ainda, dentro das restrições, pretendemos analisar mais detidamente alguns conceitos, como o de “constrangimento” (constraint), bastante responsável pela inibição do público-alvo, uma vez que o constrangimento dos donos de animais a certas situações impede este público de viajar com seus animais, reduzindo o público e o mercado. Para tanto, fez-se um estudo bibliográfico qualitativo que objetiva revisar sistematicamente acerca do tema.