Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, 30º ENAREL Encontro Nacional de Recreação e Lazer e IX Seminário de Estudos do Lazer

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CIRCUITO FUNCIONAL PARA IDOSOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
MARIA ELOISA DE OLIVEIRA, PAULA BORN LOPES, ROBERTA CASTILHOS DETANICO BOHRER

Última alteração: 2019-10-07

Resumo


Introdução/Conceituação
A participação de idosos em atividades de lazer com exercícios físicos favorece a socialização e tende a retardar processos naturais do envelhecimento, contribuindo para uma percepção otimista da qualidade de vida (PEGORARI et al.,2015). A capacidade funcional pode ser entendida como a competência fisiológica em realizar atividades da vida diária com autonomia, sem fadiga excessiva. Este estudo é um relato de experiência que teve como objetivo registrar a atuação de acadêmicos do curso de Educação Física no “Projeto de Extensão Circuito Funcional para Idosos”.

Palavras-chave: Educação Física. Envelhecimento. Exercícios funcionais. Lazer.

Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de natureza descritiva. Os graduandos foram capacitados para realizar a avaliação da capacidade funcional, para idosos a partir de 60 anos. Os instrumentos utilizados foram: a) questionário de anamnese clínica com questões sobre saúde e prática de atividades físicas; b) avaliação antropométrica: cálculo de índice de massa corporal (IMC); c) testes funcionais: Timed up and Go Test (TUG), Flexibilidade de membros superiores e inferiores, Sentar e Levantar e Força de membros superiores. As aulas aconteceram na Universidade Positivo de maio a setembro de 2019, 2 vezes na semana, totalizando 30 sessões de 60 minutos. Os alunos, sob auxílio das professoras coordenadoras deveriam planejar as aulas em formato de circuito funcional, priorizando um aquecimento com enfoque cognitivo a partir de atividades lúdicas, uma parte principal e uma volta à calma. Contemplando: Resistência Aeróbia, Força Membros Superiores, Força Membros Inferiores, Equilíbrio e Agilidade e Flexibilidade, conforme a periodização uma progressão com aumento da dificuldade, intensidade e volume. Inicialmente utilizou-se a Estatística Descritiva (média, desvio padrão e distribuição de frequências).


Resultados
Participaram das avaliações 27 idosos, sendo 20 mulheres (74%; 68±5,18 anos) e 7 homens (26%; 71±5,84 anos). No questionário apenas 7 idosos relataram praticar exercícios físicos regulamente, como caminhada ou treino no parque por pelo menos duas vezes na semana. A classificação do IMC revelou os idosos como: 5 adequados, 16 com sobrepeso e 6 sobrepesos II. Os resultados dos testes funcionais demonstraram: TUG = 7,29±2,21s, considerado normal; Flexibilidade de MMSS = -13,5±10,82cm, regular; Flexibilidade de MMII = 3±5,29cm, fraco; Sentar e Levantar = 12,78±4,84s, regular; Força de MMSS = 17,5±4,36 repetições, fraco. Nas vivências relatadas informalmente pelos idosos, foram encontradas diferenças com a prática dos exercícios, como a diminuição de dores ao realizar tarefas diárias e o estabelecimento de novas relações para o idoso, reduzindo nesse período de exposições frustrantes o risco de solidão, a importância da ludicidade na pratica de exercícios entra nesse aspecto. A universidade tornou-se um lugar de pertencimento ao idoso, fazendo parte do seu cotidiano realizando as tarefas com autonomia.


Conclusão/Considerações Finais
O Circuito Funcional parece ser uma alternativa para um treinamento de baixo custo, com fácil adaptação de materiais. Um lazer para idosos trabalhando de forma prazerosa as habilidades funcionais apresentadas como fracas ou regulares. O Projeto é uma importante ferramenta de capacitação profissional, com o aprendizado de instrumentos de avaliação, tornando o conhecimento mais significativo e contextualizado pela aquisição de competências baseadas em problemas reais do envelhecimento.