Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, III CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS DO LAZER | XVII Seminário Lazer em Debate

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A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA DE ESPORTES E LAZER NA UFV
Daniela Gomes Rosado, Victor Lana Gonçalves, Sheila Aparecida Pereira dos Santos Silva

Última alteração: 2018-03-06

Resumo


A Universidade Federal de Viçosa (UFV) recebeu entre os anos de 2012 a 2016 o Programa Segundo Tempo Universitário (PSTU) do Ministério do Esporte (ME). A ação é destinada à comunidade acadêmica e segue os princípios do esporte educacional. Tal programa busca democratizar o acesso à prática esportiva da comunidade acadêmica das universidades públicas, prioritariamente do corpo discente, a fim de promover a constituição de núcleos de esporte (BRASIL, 2016). Assim, a UFV ofertou aos seus discentes a prática esportiva na perspectiva educacional e de participação. Segundo Engelman e Oliveira (2012), o PSTU tem como valiosa a autogestão após o fim de seus convênios, com objetivo de estruturar os setores de esporte e lazer dos municípios, estados e/ou universidades – caso desse relato de experiência. A UFV, até a chegada do PSTU, não ofertava aos seus discentes a possibilidade de prática do esporte educacional e, após a vigência do programa, sinaliza para a consolidação de ações deste mesmo perfil na referida IES. Tal forma, com o término da vigência do convênio, que estabelecia o PSTU no campus da UFV, a Pró-reitoria de Assuntos Comunitários (PCD), por meio da sua Divisão de Esportes e Lazer (DLZ), buscou junto à administração superior da Universidade formas de financiamento para a continuidade das ações sistemáticas de esporte e lazer. Com isso, sustentados pelo know-how deixado pelo ME, foi constituído o Programa de Esportes e Lazer na UFV (PELU). O programa oferece aulas duas vezes por semana, em diferentes dias e horários, contemplando 19 turmas, distribuídas nas seguintes modalidades: boxe chinês, corrida/caminhada orientada, dança, defesa pessoal, futebol society, futsal, handebol, peteca, tênis de mesa, natação e vôlei. Estão inscritos no programa 506 beneficiados, no entanto, o controle de frequência aponta que apenas 291 são efetivamente atendidos. As atividades, são ministradas por 7 (sete) monitores de esportes, acadêmicos do curso de graduação em Educação Física da própria universidade e a coordenação geral fica sob a responsabilidade da DLZ. Uma característica central do PELU é oferta de vagas prioritárias aos acadêmicos que estão chegando à universidade no 1º ano letivo, possibilitando, com isso, a vivência do conteúdo cultural físico-esportivo do lazer. O PELU é uma ação que está em andamento na UFV, portanto, este relato apresenta a experiência de desenvolvimento do primeiro ano de execução da proposta. É preciso destacar que ações desta natureza sejam continuadas nas universidades públicas do país. Nessa direção, a restrição orçamentária atual do Governo Federal pode ser uma ameaça ao desenvolvimento desses programas, principalmente ao se observar o orçamento das Instituições de Ensino Superior, que frequentemente enfrentam dificuldades para cumprir os compromissos básicos da instituição e ficariam impossibilitadas de financiar ações dessa natureza sem apoio suplementar do Estado.

Palavras-chave


Política Pública. Atividades de Lazer. Esportes.