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A educação física na Educação Infantil vem mudando o seu discurso ao passar dos anos, seja no tocante à aprendizagem dos/as alunos/as, porém ainda hoje não é uma disciplina que consideram necessária para contribuir no investimento da cultura lúdica dentro da escola. Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois estão presentes na humanidade desde seu inicio. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é compreender o brincar como um direito da criança, reconhecendo assim o ser lúdico que existe dentro de cada um, para a construção de uma cultura lúdica dentro da escola. Do ponto de vista metodológico utilizamos como instrumentos de pesquisa, e como campo do estudo uma escola de educação infantil da rede municipal de ensino do município de Macapá do estado do Amapá. Na pesquisa bibliográfica foram utilizados autores de base como Freire (2006), Brougére (1997, 2008), Huizinga (2001) e Benjamin (1987) que teorizam sobre o jogo, brinquedo e brincadeira, e a criança. Esta pesquisa abordou a relação entre o brincar e suas particularidades na escola. O que implica? O que representa? Qual a sua importância dentro da escola? A importância dos conteúdos a serem apresentados às crianças. Pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o ensaio da vida adulta. Não se pode dizer que a criança cresce apenas porque brinca, porém ela se torna grande pelo brincar uma vez que possibilita o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. O conceito de cultura lúdica foi explorado e discutido para um melhor entendimento das características das brincadeiras que se faz presente quando a criança pratica o brincar. Porém o brincar não tem uma funcionalidade de se relacionar com a aprendizagem, mas sim com a brincadeira em si, que é essencial à vida humana. Fez-se uma reflexão sobre a insatisfação dos/as pais/mães em relação à cultura do brincar dos/as filhos/as nas escolas. Reflexão esta que nos faz encarar o jogo como linguagem que se expressa pelos gestos do corpo da criança. Outro fator que se observa claramente é a forma como a brincadeira é colocada para as crianças, muita das vezes como forma exclusiva de aprendizado o que impossibilita a brincadeira livre e espontânea, pois as crianças dessa forma, precisam prestar atenção no que a brincadeira ensina, do que o brincar propriamente dito. Transparece então um brincar somente pelo aprendizado, sendo que quando a criança brinca, anseia seus desejos na brincadeira e a leva tão à sério que é capaz de resolver problemas ou inquietudes dentro dela. E finalmente o presente trabalho contribui para uma discussão acerca da cultura lúdica dentro da escola, respeitando assim o direito primário e vital das crianças ao brincar.

Brincadeira, cultura lúdica, educação física, educação infantil, jogo