Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, XXVIII ENAREL, I ENIPPEL e VI CONECE

Tamanho da fonte: 
Avaliação da qualidade de vida da população beneficiada pelo programa de política pública em espaços urbanos de Fortaleza
Lívia Ximenes Cavalcante, Mateus Gaspar de Oliveira, Victor Hugo Ribeiro de Sousa, Maira Elisa Grassi de Sá

Última alteração: 2016-10-05

Resumo


A compreensão sobre qualidade de vida (QV) lida com inúmeros campos do domínio humano, biológico, social, ambiental, econômico, político, entre outros, numa constante interdisciplinaridade. Contudo, encontra-se em processo de afirmação de fronteiras e conceitos. Definições sobre o termo são comuns, mas nem sempre concordantes, pois existem variados métodos de avaliação da QV, o que contribui para inúmeras divergências referentes ao método utilizado. O planejamento urbano é um dos fatores que contribui para a QV e deve levar em consideração o meio ambiente favorecendo práticas de lazer que estimulem as relações sociais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a qualidade de vida da população de espaços urbanos de Fortaleza que participam do Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC) de gestão pública, que oferta oficinas com atividades físicas, culturais, de lazer e inclusão social, avaliando os domínios físicos, psicológicos, as relações sociais e com o meio ambiente. Para tanto, foram avaliados 40 adultos entre (20-50 anos) entre homens e mulheres em 04 núcleos do PELC em Fortaleza. A intervenção realizada compreendeu beneficiados com frequência mínima regular nas atividades de 04 vezes por semana. A analise foi realizada por meio do instrumento de avaliação de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life abreviado (WHOQOL-breve). Os resultados da pesquisa mostraram que a maioria dos entrevistados avaliou a QV como “nem ruim nem boa” (40%) e o escore médio do questionário de avaliação de QV foi 50,31, com maiores valores do domínio relações sociais e menores do físico. As facetas associadas mais avaliadas positivamente foram relações pessoais, participação em, e oportunidades de recreação/lazer, suporte (apoio) social. As mais avaliadas negativamente foram sono e repouso e pensar, aprender, memória e concentração. Um importante resultado apresentado foi a percepção dos beneficiados da melhoria na qualidade de vida e nas relações sociais após sua inclusão nas oficinas de atividades físicas, culturais e de lazer ofertadas pelo PELC. Desse modo, conclui-se que o PELC mostra-se eficaz para população, pois traz benefícios para QV com relação à promoção da saúde física, psicológica, social e ambiental, apresentando melhores domínios nas relações sociais e com o meio ambiente, provavelmente devido à iniciativa nas oficinas de atividades culturais e sociais e a localização dos núcleos do programa. Em contrapartida, os beneficiados mostraram dificuldades no domínio físico e o maior percentual mostrou-se “nem satisfeito nem insatisfeito” com a qualidade da saúde, o que evidencia a necessidade de outras políticas públicas associadas voltadas para melhoria da qualidade da saúde.

Palavras-chave


Qualidade de vida; População;Programa PELC

Texto completo: docx