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Dança e questões de gênero
Milton Alves Pereira Júnior, Patricia Rodrigues Azevedo, walter maciel de souza Junior, romeu lelis guedes, Alberto joz da Silva Pamponet

Última alteração: 2016-10-06

Resumo


A dança está presente em nossa vida e se manifesta de diferentes maneiras, podendo ser através de nossas culturas, na livre expressão sexual e em questões de gênero. Quando nos referimos a dança e a questões de gêneros percebe-se que há muitos estereótipos e preconceitos principalmente no ambiente escolar, por isso nosso trabalho tem como principal objetivo fazer com que todos percebam que a dança está presente em nossa vida mesmo que de forma não perceptível e com isso quebrar alguns paradigmas quando se trata de dança e questão de gênero. É necessário que haja essa conscientização no espaço escolar, e assim percebendo a importância do papel do professor de Educação Física, pois o mesmo deve ser responsável por mediar este assunto com os alunos, para que ocorra o rompimento de preconceitos e estereótipos relacionados com a dança. É importante salientar que há muitas dificuldades ao professor preparar uma aula de Educação Física que envolva a dança, pois muitos estereótipos como por exemplo que “homem não dança” ainda está enraizado no pensamento de muitos jovens, desta forma a importância dessa conscientização. Uma outra dificuldade encontrada é a questão familiares, que na maioria das vezes impõem que dança de balé é praticada por mulheres, por ser movimentos leves e que não necessita de muitos esforços e que os homens estão mais relacionados com hip hop e outros ritmos, por exigir movimentos com mais força, por causa de pensamentos como estes que devemos trabalhar a dança nas escolas, com o intuito de mostrar que a mesma pode ser praticada por ambos os sexos independente de ritmos, para que ocorra o combate deste preconceito que ainda existe atualmente na nossa sociedade. Vale ressaltar que ao fazer essa relação de dança com questões de gêneros, pode existir uma certa coibição por parte dos meninos, sendo assim deve-se trabalhar o contexto histórico da dança, para que o objetivo de quebrar paradigmas e estereótipos seja atingido. Para o embasamento teórico deste trabalho nos referimos em autores e documentos que discutem a história da dança e também sobre as questões de gêneros como, por exemplo: Louro (1992); Nanni (1995); Hanna, (1999); Kunz (2003; Marques (1997); Cunha (1992); Claro (1988); Carbonera e Carbonera (2008); Daolio (2004); Neira (2009 e no Parâmetro Curricular Nacional (PCN).Esperamos que ao final dessa discussão, nós, como futuros professores de Educação Física tenhamos a consciência da importância do nosso papel, em diminuir ou acabar com estereótipos sobre a dança e questões de gêneros, isto é, percebendo que para ocorrer a mudança devemos começar por nós mesmos, através de nossas metodologias usadas na sala de aula e que nossos futuros alunos compreendam que a dança independentemente de qual tipo seja, deve e pode ser executada por ambos os sexos, e que todo tipo de preconceito quanto a isso seja vencido, temos consciência da tamanha dificuldade que é para mudar isso, mas também sabemos que não é impossível, basta querermos.

Palavras-chave


Gênero, estereótipos, dança

Referências


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