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Luta pela Democracia na UnB: MESCLAR Pesquisa e intervenção
pedro osmar flores de noronha figueiredo, Rafael Ferreira de Barros, Letícia Paixão França, Maria Isabel Pereira da Silva, Nayara Gonçalves Dias

Última alteração: 2016-10-06

Resumo


Introdução: Ano de 1962. Surge na capital do país a materialização de um sonho forjado na luta. No entanto essa história é cravejada de tensões quanto a sua utopia original: uma universidade para o futuro, renovadora, laica, autónoma, democrática, gratuita e pública.1964. Golpe militar instaura uma ditadura no Brasil. Por 21 anos, a UnB foi duramente golpeada. Estudantes e professores foram presos, demitidos, exilados, “desaparecidos”. Mas a chama pela democracia se mantém acessa. Da redemocratização aos dias de hoje, a UnB sempre ecoou os acontecimentos mais importantes da nação: sucateamento estatal, ajuste fiscal, políticas de cotas, opressões. 2016. Grave crise política aliada a uma crise econômica no país. Grupos de poder em conflito. Indícios de rompimento do frágil Estado Democrático de Direito. Neste cenário, coletivos organizados da UnB resolvem intervir. O AVANTE (Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer) e o Projeto de Extensão MESCLAR: Lazer e Cultura Corporal contribuem na mediação com o Esporte e Lazer (BOAL, 1975) Objetivos: Problematizar a história da luta pela democracia na UnB. Metodologia: Aula Pública Coletiva: Teatro em Movimento. Pesquisa-ação. Mapeamento de locais historicamente importantes da UnB e intervenção artística e política sobre acontecimentos que marcaram a luta pela democracia na UnB nas 9 paradas identificadas, a saber: (1) Anf. 09 no ICC: Assembleia 1964; (2) ICC: Contra o feminicídio e a cultura do estupro; (3) DCE: principais lutas; (4) Restaurante Universitário: Reforma Agrária e Soberania Alimentar; (5) Escadaria do RU: intervenção “Presente”; (6) Memorial Honestino Guimarães: homenagem aos que tombaram na luta; (7) Praça Chico Mendes: SINTIFUB, história das lutas e desafios atuais; (8) Quadra de Esporte: memória da truculência da ditadura; (9) Faculdade de Educação: história da fundação da UnB; história da ADUnB e da resistência. Resultados: Foi abordado cenicamente a relação ufanismo e esporte. Coerção e resistência. Esportivização e militarismo: “Pra frente Brasil”. A Seleção Brasileira contra a Democracia. De um lado repressão e tortura e do outro um jogo de futebol. Após gol forjado, torcida comemora e manifestantes são reprimidos. Fim do jogo. Exposição de texto de Galeano (2009) “O futebol e os coronéis” e público participa da reflexão. Conclusão: Construir novas metodologias para a discussão sobre a sociedade e a universidade possibilitam novas reflexões, catarses e enriquecimento da formação humana.

Palavras-chave


Lazer, universidade, democracia, UnB

Referências


BOAL, Augusto. Teatro do Oprimido e Outras poéticas políticas. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1975.
GALEANO, Eduardo. Futebol ao Sol e a sombra. LPM. São Paulo, 1995.
MAGNANI, José Guilherme Cantor. Festa no pedaço. São Paulo: Hucitec: Unesp, 1998.
MASCARENHAS, F. Lazer como prática de liberdade. 2ª ed. Goiânia: Ed. UFG, 2004.
MELO, V. A. & ALVES, E. D. Introdução ao Lazer. Barueri: Manole, 2003.
WAICHMAN, Pablo. Tempo Livre e Recreação. Campinas, Papirus, 1997.

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