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Introdução: Na década de 40, grande parte da cidade de Porto Velho, tal como a região Amazônica como um todo, podia ser considerada um território inóspito. As localidades situadas fora do pequeno entorno do centro da cidade, que abrigava o comércio, a Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré/EFMM, as Vilas residenciais que acolhiam os servidores da EFMM e altos funcionários do governo; não contava com nenhuma infraestrutura. Eram poucas as ruas (as pessoas se deslocavam por caminhos); a água potável disponível era centralizada em um chafariz ou em torneiras externas de algumas lojas do centro da cidade. As pessoas se deslocavam de suas residências para adquirir água para todos os fins. Objetivo: Descrever os espaços de lazer disponibilizados aos habitantes da cidade de Porto Velho na década de 40. Métodos: O estudo apresentado é um recorte de um projeto mais amplo denominado “Lazer na trajetória de vida de mulheres idosas da Amazônia Brasileira”. Foram entrevistadas 10 idosas, com 80 anos de idade ou mais, participantes do Programa de Assistência do Serviço Social do Comércio/SESC/Regional Rondônia, que moravam na localidade no período estudado. Resultados: Das 10 idosas participantes do estudo, 8 viviam em situação de pobreza. Os espaços de lazer descritos foram os seguintes: a) balneários (em função das distâncias, eram disponíveis para aqueles que dispunham de transporte próprio); b) pátios da escola (Colégio Maria Auxiliadora, específico para meninas); c) cinema (1: Cine Resk); d) praça (1: Pça Marechal Rondon); e) Clube (1: Bancrévea); e f) Ruas (festas juninas, brincadeiras de roda, bola). A ocupação destes espaços pela população ocorria de acordo com a situação socioeconômica tendo em vista que alguns deles eram privados e o uso dependia de pagamento exemplo do clube, cinema. Conclusões: A inexistência de espaços públicos de lazer acompanhava a precariedade na oferta de serviços básicos a população.

Espaço Lazer. Década 40. Porto Velho.