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Tematizando esportes olímpicos não hegemônicos nas aulas de Educação Física das séries iniciais: um relato de experiência
Anderson Pereira Evangelista, Vanda Silva de Souza, Maria do Socorro Craveiro de Albuquerque

Última alteração: 2017-06-03

Resumo


TEMATIZANDO ESPORTES OLÍMPICOS NÃO HEGEMÔNICOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DAS SÉRIES INICIAIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

Anderson Pereira Evangelista¹ Vanda Silva de Souza² Maria do Socorro Craveiro Albuquerque³

¹UFAC-Graduando, ²UFAC-Graduanda, ³UFAC/Pós-doutorado

Quando as crianças chegam à escola, elas já trazem experiências e vivências corporais proveniente do contexto social em que vivem e também pelas influências trazidas pelos meios de comunicação (BRASIL, 1997). A Educação Física nas séries iniciais vai promover o aperfeiçoamento e o enriquecimento da cultural corporal das crianças. Em agosto de 2016, o Brasil sediou as Olimpíadas na cidade do Rio de Janeiro. Na ocasião estávamos realizando estágio supervisionado no Colégio de Aplicação da UFAC. Como proposta da professora da disciplina, trabalhamos o tema jogos olímpicos com as turmas das séries iniciais durante o mês em que ocorreram os jogos. Em uma das aulas para turmas das séries iniciais, o tema escolhido foi esportes olímpicos não hegemônicos, dentro os quais estavam: Hipismo, remo, arremesso de peso e revezamento 4x100, ambos trabalhados na perspectiva lúdica. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivenciada por acadêmicos no campo de estágio, no que tange a diversificação das práticas corporais, evidenciando a abordagem de uma temática nova. O trabalho trata-se de um relato de experiência, onde se utilizaram como recursos metodológicos o plano de aula e as anotações em diário de campo, bem como as pesquisas para fundamentação teórica. Partindo do pressuposto de que a criança relaciona a brincadeira com a realidade através de sua imaginação, é que se buscou abordar a temática elegendo a ludicidade como fio norteador. Para Alves e Gnoato (2003, p. 112): “O jogo e o brincar supõem uma relação dual, a criança pode brincar com os significados para mediar simbolicamente a internalização da cultura, que promove saltos qualitativos no seu desenvolvimento”. Neste sentido, levamos brincadeiras que imitassem os esportes. O Hipismo foi trabalhado com cavalinhos de pau, e obstáculos com materiais alternativos. O remo foi introduzido para os alunos através da brincadeira centopeia. Para tornar o arremesso de peso lúdico, foi confeccionada uma bola de papel, o funil do setor de queda foi montado na quadra com cones e para o local de arremesso utilizou-se um bambolê. O revezamento foi feito com bastões de madeira. Para além das brincadeiras propostas, orientamos os alunos que assistissem em suas casas as olimpíadas para conhecerem outros esportes não hegemônicos. Tornar os esportes em brincadeiras lúdicas foi uma metodologia facilitadora para compreensão das crianças. “A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório onde ocorrem experiências inteligentes e reflexivas. Experiências que geram conhecimento, que possibilitam tornar concretos os conhecimentos adquiridos” (MIRANDA, 2002, p.22). Levar a experiência de esportes olímpicos não hegemônicos para os alunos de séries iniciais possibilitou o acesso a práticas pouco difundidas e a expansão do repertório da cultura corporal delas. Em linhas gerais, podemos concluir que as possibilidades de diversificar as aulas de Educação Física, a partir de momentos atuais que estavam ocorrendo a exemplo de um megaevento esportivo como as Olimpíadas, tornam as aulas bem mais atrativas, ao momento em que se relaciona o esporte com a alegria da brincadeira e a forma de aprender brincando.

Palavras-chave


Esportes Olímpicos. Educação Física. Séries Iniciais.

Referências


BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA. Parâmetros curriculares nacionais 1º e 2º ciclos: Brasília (DF), 1997.

ALVES, Álvaro MP; GNOATO, Gilberto. O brincar e a cultura: jogos e brincadeiras na cidade de Morretes na década de 1960. Psicologia em
Estudo, v. 8, n. 1, p. 111-117, 2003.

DE MIRANDA, Simão. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. Linhas criticas, v. 8, n. 14, p. 21, 2002.