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O IMPACTO DO SEDENTÁRISMO E MUDANÇA ALIMENTAR EM INDÍGENAS DE PLÁCIDO DE CASTRO
Adriana Falcetti Aguiar

Última alteração: 2017-05-29

Resumo


Introdução: Nas ultimas décadas o Brasil vem passando pelo aumento crescente de obesidade, ocasionadas principalmente pelo sedentarismo e a má alimentação e esse panorama vem atingindo até mesmo populações indígenas, modificando a prática de atividade física e os hábitos alimentares desses povos, ou seja, além de déficits estaturais e desnutrição, os índios, segundo (Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos Indígenas, 2009) vem apresentando preocupante desenvolvimento de doenças crônicas não - transmissíveis.Objetivo: Objetivou-se avaliar dados de indígenas situados em uma comunidade do município de Plácido de Castro, coletando - se medidas corporais e dados nutricionais, bem como as práticas culturais relacionadas as atividades esportivas, pois estão relacionadas com os determinantes das doenças crônicas. Método: Aplicaram – se por quatro alunas da Universidade Federal do Acre, questionários quantitativos e qualitativos que analisaram 15 indígenas, na cronologia cultural de atividades físicas , preenchimento de dados antropométricos para análise de parâmetros de obesidade como IMC e circunferências da cintura, além de breve anamnese alimentar de mulheres e homens da comunidade indígena do município de Plácido de Castro. Resultados: Observaram-se com a coleta das medidas antropométricas que dos 9 homens avaliados, todos apresentaram déficit estatural/ idade, um dado comum da maioria de índios do norte, em relação a obesidade 77,7 % dos índios apontaram essa problemática, segundo a classificação (WHO, 1997). Já a avaliação de circunferência de cintura que avalia risco cardiovascular aumentado para homens em 94 a 102 cm, apontou que 55, 5% dos homens apresentavam tal resultado. Nas mulheres os parâmetros apontaram dados mais alarmantes, onde mulheres apresentaram 83,3 % classificação de obesidade e 100% no parâmetro de risco cardiovascular muito aumentado para mulheres com circunferência > 88cm, segundo (WHO, 1998). Essa análise corrobora com estudos de Capelli e Koifman1, que observaram prevalências semelhantes de sobrepeso e obesidade em adultos indígenas, em outras pesquisas Tavares et al.2, avaliaram adultos indígenas de Suruí, Rondônia, observaram a necessidade de prevenir doenças não transmissíveis, particularmente no grupo feminino. Identificou – se realizações de danças, a não prática de caça, por falta de animais, o desenvolvimento de pequenas plantações que não suprem a comunidade, ou seja, poucas atividades para se ter gastos calóricos, além da aquisição de produtos industrializados. Conclusão: O aumento expressivo da obesidade, sedentarismo na comunidade indígena é preocupante, visto que seus hábitos culturais estão sendo transformados devido ao acesso de alimentos industrializados e o descuido das autoridades com a saúde do indígena, além da perca cultural por haver misturas de etnias na comunidade estudada por conta de dissoluções dos grupos indígenas causada por múltiplo fatores. Devem – se tomar estratégias multidisciplinares de saúde devido o preocupante cenário que só tende a piorar com o passar dos anos.
Palavras-chave: obesidade. alimentação. índio.
Referências:
1. Capelli JCS, Koifman S. Avaliação do estado nutricional da comunidade indígena Parkatêjê, Bom Jesus do Tocantins, Pará, Brasil. Cad Saude Publica 2001; 17(2):433-437
2. Tavares FG, Coimbra Junior CEA, Cardoso AM. Níveis tensionais de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil. Cien Saude Colet 2013; 18(5):1399-1409

Palavras-chave


obesidade. alimentação. índio.

Referências


1. Capelli JCS, Koifman S. Avaliação do estado nutricional da comunidade indígena Parkatêjê, Bom Jesus do Tocantins, Pará, Brasil. Cad Saude Publica 2001; 17(2):433-437
2. Tavares FG, Coimbra Junior CEA, Cardoso AM. Níveis tensionais de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil. Cien Saude Colet 2013; 18(5):1399-1409