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EFEITO HIPOTENSOR DO EXERCÍCIO AERÓBIO DE CAMINHADA EM ADULTOS NORMOTENSOS
Everton Gonçalves Macedo, Yuri da Silva Teixeira, Augusto Donini Akkari, Tatiane Gomes Teixeira

Última alteração: 2017-05-28

Resumo


Introdução: A pressão arterial (PA), força que o sangue exerce contra a parede das artérias1, é medida importante à saúde cardiovascular; valores elevados implicam em risco aumentado de eventos cardiovasculares agudos2. É consenso que a prática regular de exercícios físicos é hábito importante para a manutenção da PA dentro dos valores fisiológicos. Além da resposta crônica, o exercício físico também exerce impacto agudo sobre os valores pressóricos, reduzindo-os, especialmente em hipertensos3. Objetivo: Analisar o efeito agudo do exercício aeróbio de caminhada sobre a PA de normotensos. Método: Participaram do estudo oito adultos (sete mulheres) com 25,25 ± 5,03 anos, 76,02 ± 14,22 kg; e 1,69 ± 0,09 metros de estatura. Todos eram voluntários do projeto de pesquisa Caminhando no campus, o qual ofereceu aos voluntários a prática orientada de caminhada, durante 8 semanas. Para verificação do efeito hipotensor agudo da caminhada, a PA foi medida em cinco momentos: antes (REP), imediatamente após (IA), cinco minutos (5A), dez minutos (10A) e quinze minutos após (15A) a sessão de exercício. A caminhada foi realizada em intensidade moderada (40-59% da FC de reserva; PSE 12-13). Foi utilizado monitor oscilométrico (Omron 705-IT), com manguito compatível ao tamanho do braço, conforme recomendação da literatura especializada4. Após a adoção da posição sentada pelo avaliado, o manguito foi posicionado no braço esquerdo, acima da fossa cubital, estando sua parte central sobre a artéria braquial. O braço foi mantido na altura do coração, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo apoiado e levemente flexionado. Os dados foram analisados quantitativamente, utilizando testes de normalidade (Shapiro Wilk), esfericidade (Mauchly) e comparação de variâncias (ANOVA para medidas repetidas) com ajustamento de Bonferroni. Foi adotado como valor de significância estatística p≤0,05. Resultados: A caminhada não gerou efeito hipotensivo sobre a PAS ou PAD. A PAD se elevou de forma significativa (p=0,039) de REP (61,87 ± 7,49 mmHg) para IA (72,37 ± 10,95 mmHg), resposta não observada para a PAS (REP= 106,5 ± 10,85 mmHG; IA=112,25 ± 8,15 mmHg; p=0,613). Em nenhuma das medidas seguintes pós-exercício os valores de PAS (5A=103,12 ± 5,69; 10A=101,5 ±7,39; 15A=102,37±7,93) ou PAD (5A=64,37±6,41; 10A=61,62±5,88; 15A=61,87±5,96 mmHg;) se apresentaram estatisticamente inferiores ao valor obtido no repouso. Conclusão: A caminhada não provocou efeito hipotensor agudo sobre a PAS ou PAD dos voluntários, resultado possivelmente atribuído ao fato destes serem normotensos.
Referências
[1] DOS SANTOS, J. F. B. Hipertensão arterial sistêmica e atividade física do idoso. In MALAGUTTI, William; BERGO, Ana Maria Amato. Abordagem interdisciplinar do idoso. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2010.

[2] KOHLMANN JR, Osvaldo et al. III Consenso Brasileiro de hipertensão arterial. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 43, n. 4, p. 257-286, 1999.

[3] CUNHA, Gisela Arsa da et al. Hipotensão pós-exercício em hipertensos submetidos ao exercício aeróbio de intensidades variadas e exercício de intensidade constante. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 6, p. 313-7, 2006.

[4] SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA et al. V Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. São Paulo, 2006.

Palavras-chave


Hipotensão. Exercício aeróbio. Pressão arterial