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Introdução: O Índice de Massa Corporal (IMC) é frequentemente recomendado para estimar o estado nutricional de adolescentes, entretanto está técnica não prediz a quantidade de gordura corporal, podendo ser questionável a sua utilização para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade. Objetivo: Verificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes escolares conforme dois critérios de classificação pelo IMC e percentual de gordura, bem como analisar sensibilidade e especificidade obtidas por este índice. Método: Estudo transversal de base escolar com 2694 adolescentes de 14 a 18 anos de idade de escolas públicas e privadas da cidade de Porto Velho, RO, em 2013-14. Foram coletadas informações de peso e estatura para classificação do IMC e dobras cutâneas (tricipital e subescapular) para classificação do percentual de gordura (%G) estimado a partir das dobras cutâneas (≥25% no masculino e ≥30% no feminino), sendo utilizado como critério padrão-ouro para determinar a sensibilidade e especificidade dos critérios de classificação do IMC em adolescentes. Resultados: A prevalência geral de sobrepeso pelo IMC foi de 18,23% (masculino 19,31% e feminino 17,34%), obesidade geral 6,72% (7,60 e 6,01%). A prevalência do sobrepeso pelo %G foi de 28,62% (masculino 27,97% e feminino 29,15%), obesidade geral 23,98 (23,50 e 24,29). A sensibilidade foi considerada baixa e a especificidade foi elevada para ambos os sexos. Conclusão: O IMC não foi um bom preditor do estado nutricional, pois apresentou grande discrepância no diagnóstico de sobrepeso e obesidade quando comparado a porcentagem de gordura, além de uma baixa sensibilidade, indicando grande possibilidade de diagnósticos falsos negativos.

Adolescente. Sobrepeso. Obesidade.Escolas