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Judô é um esporte olímpico de alta intensidade que tem como objetivo projetar o oponente de costas no solo ou imobilizá-lo durante o combate (FRANCHINI et al., 2011). As técnicas de projeção (tachi-waza) são caracterizadas por grande coordenação e força muscular (DEVAL et al., 2010). Considerando que a musculatura participa de um sistema de alavancas, especula-se que um maior diâmetro ósseo pode favorecer o crescimento muscular. Neste sentido, busca-se neste estudo avaliar a correlação entre o diâmetro do úmero e a área muscular do braço (AMB) em judocas de elite. A amostra foi composta por 22 atletas da equipe OI/SOGIPA, sendo 13 do sexo masculino e nove do sexo feminino. A AMB foi predita pela equação de Frisancho (1981). O diâmetro do úmero, o perímetro do braço e a dobra cutânea do tríceps foram aferidas conforme as recomendações da ISAK (STEWART et al., 2011). Utilizou-se um plicômetro científico (CESCORF, Porto Alegre), um paquímetro curto (CESCORF, Porto Alegre) e uma trena antropométrica (SANNY, São Paulo) para aferir as medidas. Os dados foram analisados no GraphPAD Prism utilizando os testes de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados e o coeficiente de Pearson (r) para avaliar a correlação entre as variáveis. Nossos dados evidenciaram correlação positiva e moderada entre a AMB e o diâmetro do úmero (r = 0,647 ; p = 0,0011), sugerindo que o diâmetro ósseo pode justificar cerca de 42% da AMB em um atleta (r² = 0,419). Adicionalmente, identificou-se a seguinte equação para predição da AMB = (D_UM * 0,2667)-1. Considerando estes dados, parece que o diâmetro do úmero favorece o crescimento muscular, sendo uma vantagem mecânica para produção de força.