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Este estudo objetivou analisar a distribuição dos discentes dos Cursos da área da saúde da Universidade do Estado do Pará (UEPA) a partir do recorte de gênero. Adotou-se como ponto de partida a expansão do Ensino Superior no Brasil expressa pelo aumento no número de instituições, cursos, vagas, ingressantes, matrículas e de concluintes (RISTOFF, 2014). Segundo MEC/INEP (2016) as mulheres correspondem a 55,6% dos matriculados no Ensino Superior. A partir dos estudos sobre divisão sexual do trabalho, Hirata e Kergoat (2007), apontam que os homens ocupam profissões com maior valor social, e as mulheres nas voltadas aos trabalhos domésticos e do cuidado. A pesquisa aqui em questão compreende um estudo documental, de caráter descritivo, explicativo (MARCONI e LAKATOS, 2003), com base no enfoque crítico dialético. Como fontes de informação, adotou-se o resultado do Processo Seletivo 2018, e os Comprovantes de Atualização Cadastral dos discentes matriculados nos Cursos de Educação Física e Enfermagem do Campus VII. Conclui-se que dos 806 candidatos aprovados para ingresso nos Cursos da Saúde (Medicina, Biomedicina, Enfermagem, Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional) na UEPA, 52,7% são mulheres e 47,2% são homens. O Curso de Medicina concentra o maior índice proporcional (59%) de aprovação de homens, seguido de Educação Física com 56,7%. Já Terapia Ocupacional apresenta o maior índice proporcional (87,5%) de candidatas aprovadas do sexo feminino, seguida de Enfermagem com 67,1%. Comparando os dados com a realidade do Campus VII, percebemos que a tendência não diverge dos dados gerais observados nos Cursos da saúde como um todo.
REFERÊNCIAS
HIRATA, H.; KERGOAT, D. Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cad. Pesquisa., v.37, n.132, p.595-609, 2007.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos da metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MEC/INEP. Ministério da educação. Censo da educação superior 2015. Brasília, 2016.
RISTOFF, D. O novo perfil do campus brasileiro: uma análise do perfil socioeconômico do estudante de graduação. Avaliação (Campinas), Sorocaba, v. 19, n. 3, p. 723-747, nov. 2014.