Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, VII Congresso de Ciências do Esporte da Região Norte

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BOLA DE GUDE NA ESCOLA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Sorlei Silva e Silva, Claudimar da Rocha Silva, Idelvan da Silva Ferreira, Francisco Soares da Rocha, Adriano Lopes de Souza, Mayrhon José Abrantes Farias

Última alteração: 2018-09-22

Resumo


A presente pesquisa trata-se de um relato de experiência de uma intervenção desenvolvida no Estágio supervisionado no Ensino Fundamental I, que compõe a grade curricular do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Tocantins (UFT). As vivências de estágio ocorreram na Escola Estadual Girassol de Ensino Integral XV de Novembro, situada na cidade de Tocantinópolis – TO. Diante das demandas apresentadas pela escola, o projeto foi realizado com todos os alunos do ensino fundamental de 4º ao 7º ano e a turma de aceleração no turno vespertino, entre os meses de abril e julho de 2018, totalizando 30 visitas. O planejamento das atividades realizadas no projeto se deu pelo fato da prática do jogo de bolinhas de gude na escola acarretar diversos tipos de conflitos e ocorrências negativas. Uma vez identificada tal problemática, a intervenção teve como objetivo proporcionar vivências do jogo de bolinha de gude enquanto brincadeira tradicional e ferramenta de compreensão de valores e normas sociais. Para tanto, recorremos à literatura que trata de questões acerca da bolinha de gude na escola e o Projeto Político Pedagógico da instituição. Durante intervenção experimentou-se as várias formas de jogar a bolinha de gude, ressaltando valores de respeito as regras, cooperação e integração e discussão com os alunos sobre a interferência do jogo durante as aulas. Os instrumentos de pesquisa utilizados para registros de campo foram a observação participante e diário de campo, concebido a partir das vivencias do estágio. A análise dos dados foi realizada a partir do cruzamento entre o olhar dos pesquisadores, a contribuição dos alunos e a o aporte teórico com temáticas semelhantes. Mediante as informações disponibilizadas e experiências criadas em campo durante a intervenção, o jogo mostrou-se que, quando jogado espontaneamente, como elemento cultural, pode promover reflexões e mudanças em contextos de conflitos. Desse modo, esta pratica pôde abrir espaços para a socialização, autonomia, interação dos alunos. Concluímos, por meio desta vivência, que o jogo que num primeiro momento evidenciou-se um problema a ser enfrentado na escola, demonstrou ser um precioso instrumento de aprendizagem e de emancipação dos alunos.

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