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Estudo sobre a gestão do legado das infraestruturas esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, no complexo esportivo de Deodoro
Christiano Guedes, Alberto Reppold Filho

Última alteração: 2020-08-20

Resumo


Essa pesquisa apresenta como tema Megaevento Esportivo. O objeto do estudo será os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, ocorrido na Cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. O legado de infraestrutura, a integração sociogeográfica, as transformações urbanísticas e as melhorias ambientais ao longo de seus trajetos também compunham a proposta do caderno de Legado (Rio 2016 - Jogos olímpicos e Legados, Prefeitura do Rio de Janeiro, p.10). Como parte do legado de mobilidade houve uma proposta de criar um elo de ligação entre quatro zonas da cidade.
Sobre a zona olímpica de Deodoro, local escolhido como objeto da pesquisa, ela está localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, dentro de uma região militarizada, tendo como vizinhança uma população local de baixa renda. Nesta zona Olímpica aconteceram as competições tanto dos Jogos Olímpicos quanto Paralímpicos, e as modalidades foram: hipismo, ciclismo mountain bike, ciclismo BMX, pentatlo moderno, tiro esportivo, canoagem slalom, hóquei sobre a grama, rugby e basquete nos Jogos Olímpicos. Já as modalidades de futebol de 7, tiro esportivo, e esgrima de cadeira de rodas aconteceram nos Jogos Paralímpicos.
O Complexo Esportivo de Deodoro (Informações retiradas do site: http://www.brasil2016.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/instalacoes/deodoro) teve, por meio da Prefeitura do Rio de Janeiro, que foi o agente público que coordenou as obras, mas com o recurso do Governo Federal, o início das suas obras em julho de 2014. Nele, já havia 60% das áreas de competição permanentes construídos devido às obras realizadas para os Jogos Pan-americanos em 2007, e para os Jogos Mundiais Militares em 2011. Entretanto, algumas áreas de competição sofreram adaptações, sendo elas: o Centro Nacional de Tiro, a Piscina do Pentatlo Moderno, o Centro Nacional de Hipismo e o Centro de Hóquei sobre a Grama.
Para completar os locais de competição, três novas instalações permanentes e três novas instalações provisórias foram construídas, sendo elas: Arena Deodoro, na pista de BMX e o circuito de canoagem slalom como instalações permanentes, e, a pista de mountain bike, arena de rugby e o combinado do pentatlo moderno, como instalações provisórias.
Conforme proposta de legado esportivo para região de Deodoro, o circuito de canoagem slalom e a pista de BMX fazem parte do Parque Radical. O parque tem cerca de 500 mil metros quadrados e as instalações esportivas terão uso “combinado”, ou seja, será utilizado pelos atletas de alto rendimento como Centro Olímpico de Treinamento, e também, pela população local para a prática de atividades de lazer, pois a região de Deodoro tem como característica, em relação à faixa etária, de uma população jovem e com poucas alternativas para a prática de atividades ao ar livre.
Fica evidente, a exemplo dos diversos megaeventos nacionais e internacionais e de uma extensa literatura científica, que não somente a região de Deodoro, mas o Rio de Janeiro terá seu legado como consequência de sediar um megaevento esportivo, pois as transformações sofridas oportunizaram o surgimento de legados multifacetados como apontados anteriormente. É nessa direção que a pesquisa seguirá, pois terá como objetivo geral, verificar como está sendo feita a gestão do Legado das infraestruturas esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, na região de Deodoro.
Quanto aos objetivos específicos, no que tange a parte de referencial teórico e de investigação, apresentar-se-ão em três capítulos: 1°) de caráter mais conceitual nos remetendo ao termo “Legado” de megaeventos esportivos. Neste capítulo será apresentado uma análise a nível conceitual sobre o termo “Legado” de megaeventos com foco de buscar na literatura, como base fundamental, a oportunidade de analisar a existência de convergências ou divergências de entendimento sobre seus conceitos, por parte dos pesquisadores.
2°) De caráter mais documental, concerne em um dos aspectos de tomada de decisão para se candidatar a ser sede de um megaevento esportivo, ou seja, trataremos sobre os compromissos assumidos pelo Brasil para a realização dos Jogos 2016. Será utilizada a pesquisa documental através do acesso a certos documentos elaborados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Ministério do Esporte (ME) e Prefeitura do Rio de Janeiro (PRJ); 3°) abordar-se-á a “gestão do legado de infraestruturas esportivas”, com foco no complexo esportivo da zona olímpica de Deodoro. Neste capítulo, dentre os diferentes legados relacionados na literatura e analisados nos documentos elaborados pelo COB, ME e PRJ, buscaremos aprofundar o conhecimento sobre a realidade deste local no que tange a gestão do legado destas infraestruturas esportivas presentes neste complexo, utilizando como instrumento para a coleta das informações, a entrevista e a visita in loco.Assim, almejamos responder a seguinte problemática desta pesquisa: Como está sendo feita a gestão do legado das infraestruturas esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro de 2016, no complexo esportivo de Deodoro?

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