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PRODUÇÕES CULTURAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO PROJETO BRINCAR É O MELHOR REMÉDIO
Última alteração: 2019-09-21
Resumo
Analisa as relações pedagógicas, situadas no campo da animação cultural, que buscam reconhecer e valorizar a autonomia e autoria de crianças e adolescentes em tratamento oncológico. Para tanto, focaliza as atividades do projeto “Brincar é o Melhor Remédio”, desenvolvido por meio da parceria firmada entre o Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres (Naif), do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Espírito Santo e a Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci). Trata-se de uma Pesquisa-Ação Colaborativa (IBIAPINA, 2008), que utiliza o diário de campo, as narrativas orais e os registros fotográficos como fontes na produção dos dados. Os sujeitos da pesquisa são 30 crianças e adolescentes em tratamento oncológico, na faixa etária entre 8 e 13 anos de idade, participantes do projeto. As análises empreendidas, em diálogo com a Sociologia da Infância (SARMENTO, 2013; CORSARO, 2011) e com os Estudos do Cotidiano (CERTEAU, 1994), indicam que a entrada reativa, as relações dialógicas e a escuta sensível, combinada com processos pedagógicos centrados na interação e na mediação, sobretudo na construção de brinquedos, favoreceram o protagonismo e a autoria das crianças e dos adolescentes em suas relações com as brincadeiras e jogos ofertados pelo projeto, restituindo-lhes um pouco da autonomia e do controle sobre as suas próprias vidas, dimensões que são afetadas durante o tratamento.
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