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PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA, TIPO DE DESLOCAMENTO PARA A ESCOLA, TEMPO DE TELA E RISCO METABÓLICO: estudo com adolescentes da zona urbana e rural
Letícia de Borba Schneiders, Cézane Priscila Reuter

Última alteração: 2018-10-18

Resumo


A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de fatores de risco, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica (HAS), aumento dos níveis de triglicerídeos e glicemia em jejum e aos baixos níveis de colesterol HDL (VASCONCELLOS et al., 2013). Atualmente, observam-se grandes mudanças e alterações no comportamento da sociedade mundial, as quais tem contribuído para a determinação do risco metabólico, como o estilo de vida e a localização de moradia das populações dos grupos mais jovens (SUMINI et al., 2017). Nesse sentido, o presente estudo objetivou avaliar a relação entre o tipo de deslocamento para a escola e o tempo gasto em frente à televisão com a presença de risco metabólico em adolescentes de Santa Cruz do Sul-RS. Estudo transversal envolveu a participação de 1501 adolescentes, do sexo masculino e feminino, com idade entre 10 e 17 anos, pertencentes a escolas da rede pública e privada, da zona urbana e rural de Santa Cruz do Sul-RS. A avaliação do risco metabólico foi realizada por meio do escore contínuo de risco metabólico (cMetS), calculado por meio do somatório do escore Z de seis fatores de risco: 1) circunferência da cintura (CC); 2) pressão arterial sistólica (PAS); 3) triglicerídeos (TG); 4) HDL-c; 5) glicose e 6) aptidão cardiorrespiratória (APCR). O tipo de deslocamento para a escola foi avaliado por meio do questionário adaptado de Barros e Nahas (2003). O tempo de tela (TT) foi avaliado pelo número de horas em frente às telas da televisão, computador e/ou videogame. A análise dos dados foi realizada no programa estatístico SPSS v. 23.0 (IBM, Armonk, EUA).Observou-se elevada frequência de risco metabólico (13,2%) e de atividades sedentárias, como elevado TT (60,2%), deslocamento para a escola (47,9%) e inatividade física (50,5%). Porém, não houve associação entre a presença do risco metabólico e estes fatores. De acordo com a prática ou não de atividade física, observou-se diferença significativa apenas para a APCR entre as meninas, sendo os maiores níveis entre as praticantes (p=0,022). A prática de atividade física, o tipo de deslocamento para a escola e o tempo de tela não estiveram associados com a presença de risco metabólico nos adolescentes. No entanto, o estudo identificou elevada frequência de escolares com risco metabólico e que apresentam hábitos de vida sedentários.

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