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MATERIAIS DIDÁTICOS E A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA COM APOSTILAS DIDÁTICAS NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Cristiano Rafael Pinno

Última alteração: 2018-10-30

Resumo


Desde que me inseri no contexto da educação física escolar venho experimentando e refletindo sobre algumas alternativas para a complementação dos saberes das práticas corporais abordadas durante as aulas. Saberes que vão muito além das perspectivas procedimentais, tradicionalmente enfatizadas neste componente curricular. Saberes que permeiam o cotidiano dos alunos e que precisam ser contextualizados e desconstruídos, para que, com a reflexão, sejam reelaborados pelos estudantes. O entendimento de que há uma necessidade de complementação didática, a partir de materiais escritos origina-se da percepção de que o oferecimento de livros didáticos às demais disciplinas proporcionou uma redução no tempo de aula em que os alunos copiam textos e um acréscimo nos estudos e reflexões dos saberes nas respectivas áreas. Neste sentido, os textos didáticos e/ou apostilas didáticas foram pensados no sentido de contribuir e fortalecer a aprendizagem destes saberes que historicamente são atribuídos apenas às vivências práticas. Com passagem por todos os anos finais do ensino fundamental, vários foram os materiais desenvolvidos como recursos didáticos. Da mesma forma, são muitas as possibilidades de utilização: como suporte de acompanhamento diário, com imagens e textos explicativos das vivências práticas; textos e atividades interativas realizadas em sala de aula; atividades à distância com tarefas complementares; e também como instrumento para a revisão dos assuntos abordados nas aulas. Geralmente, organizados trimestralmente de acordo com as unidades didáticas correspondentes, podem sofrer alterações de um ano letivo para outro, incluindo mudanças nas práticas corporais enfocadas, textos de apoio e atividades interativas. Nas diferentes realidades escolares, o oferecimento destes materiais ocorre de modo distinto, pois, em uma escola os alunos ganham as apostilas e na outra os alunos precisam pagar pela impressão das mesmas. Nos contextos verificados percebeu-se que estes materiais realmente contribuíram para a reflexão dos conteúdos abordados nos respectivos períodos, além disso, é necessário ressaltar a visibilidade que a disciplina ganhou enquanto componente curricular que realmente ensina “alguma coisa”. A apresentação dos saberes a partir de materiais escritos permitiu uma maior aproximação da educação física ao Projeto Pedagógico, bem como, possibilitou uma avaliação mais séria e responsável sobre o papel que exerce na escola. A concepção de educação física atual exige do professor essa busca por alternativas ao processo de ensino e de aprendizagem. Estas novas possibilidades cumprem um papel importante conferindo uma maior significância aos conteúdos abordados em aula.

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