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Projeto Jogando para Aprender: Desenvolvimento motor de escolares
Lucas Vargas Bozzato, Vivian Hernandez Botelho, Eraldo dos Santos Pinheiro

Última alteração: 2018-10-30

Resumo


1 INTRODUÇÃO
Há diversas metodologias para se desenvolver o ensino do esporte na Educação Física Escolar, entre elas a Iniciação Esportiva Universal (IEU), por Greco e Benda (1998), que tem como proposta proporcionar o aprendizado da iniciação esportiva através de jogos e brincadeiras.
Aproveitando o espaço acadêmico e a necessidade de explorar a aplicabilidade da IEU em escolares do ensino fundamental, surgiu o projeto extraclasse denominado Jogando para Aprender (JPA). Realizado através do Laboratório de Estudos em Esporte Coletivo (LEECol), da Escola Superior de Educação Física (ESEF), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com uma escola pública estadual da cidade de Pelotas/RS. O projeto é realizado por uma equipe composta por acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Física (EF), supervisionado por uma estudante do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFPel, e orientado pelo coordenador do LEECol. Sendo assim o objetivo deste resumo é descrever o processo de uma intervenção pedagógica que utiliza o método da iniciação esportiva universal em escolares do primeiro ao quarto ano.

2 METODOLOGIA
Participam 56 escolares de 6 a 10 anos, turmas de 1º ao 4º ano do ensino fundamental, que não possuem aulas regulares de EF com professor unidocente. A escola foi selecionada por atender aos requisitos estabelecidos pelo grupo, no qual deveria ter sua localidade próxima a ESEF, facilitando o deslocamento dos acadêmicos até a mesma, e por possuir a alunos desta faixa etária. Foi apresentada à escola a autorização da 5ª Coordenadoria Regional do Estado juntamente com a proposta do JPA.
A IP teve início em maio de 2018 e se estenderá até dezembro do mesmo ano. As aulas são ministradas por acadêmicos do curso de Licenciatura em EF em dois encontros semanais com 1 hora cada e no mesmo turno escolar. Os alunos são divididos em duas turmas, sendo T1 composta por 1º e 2º ano, desenvolvendo as capacidades coordenativas e T2 composta pelo 3º e 4º ano, as capacidades táticas básicas.

3 DESCRIÇÕES, RESULTADOS, INTERPRETAÇÕES...
Após o processo de planejamento a intervenção acontecerá em três etapas com ambas as turmas, sendo que a primeira é de adaptação e abrange os três primeiros meses com aulas que contemplam jogos cooperativos, circuitos motores e brincadeiras. Já na segunda etapa, com a T1 será usado um teste para verificar o desenvolvimento motor, o Test of Gross Motor Development – 2 (TGMD-2) (ULRICH, 2000) e a partir de então, a intervenção ocorrerá de acordo com o resultado do teste, com aulas planejadas e desenvolvidas através das capacidades coordenativas, sendo utilizados dois parâmetros de pressão por aula (KRÖGER; ROTH, 2002). E na T2 será desenvolvido um jogo como avaliação que comtemplam os parâmetros das capacidades táticas básicas, propostos por Kröger e Roth (2002) e posteriormente as aulas serão desenvolvidas sobre os mesmos. E a terceira etapa na T1 será reaplicar o teste motor e na T2 o jogo de avaliação para verificar os efeitos da intervenção na condição motora e tática dos escolares.
Também serão avaliados os valores intrínsecos do esporte. Essas avaliações serão feitas através de um diário de campo, que são registradas observações comportamentais. Além disso, são realizadas entrevistas semiestruturadas pré e pós-intervenção com alguns alunos e com todas as professoras do currículo para que possamos identificar o perfil dos alunos que compõem o JPA e as características das turmas.
O estudo está na primeira etapa, sendo assim não podemos afirmar resultados quanto ao desenvolvimento motor e tático dos escolares. Portanto já podemos perceber algumas dificuldades relacionadas à tática, coordenação e comportamento. Para amenizar o problema comportamental utilizamos o diálogo e atividades cooperativas, pois conforme Broto (1999), através dessa prática educativa é possível harmonizar conflitos e resolver problemas, sendo um meio de potencialização das habilidades de relacionamento.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda recente, a IP já apresenta resultados significativos, mostrando que o método utilizado tem influência direta na vida dos escolares. Além disso, o projeto JPA promove a relação interpessoal, além de proporcionar aos acadêmicos vivências no âmbito de sua futura prática profissional.

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