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A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM ATLETAS DA SUPERLIGA UNIVERSITÁRIA DO PARÁ
Última alteração: 2022-10-22
Resumo
Introdução: O burnout no esporte é uma reação ao estresse crônico, sendo composto por três dimensões: exaustão física e emocional, desvalorização esportiva e reduzido senso de realização esportiva. Essa síndrome pode acarretar angústia, insônia, abuso no uso de drogas e álcool, problemas de relacionamentos, diminuição do desempenho e, em casos mais graves, o abandono da carreira esportiva. No contexto do esporte universitário, há um excesso de demandas e estresse, pois é necessário que os atletas universitários conciliem as demandas acadêmicas com os treinamentos e competições da modalidade. Dessa forma, podem estar propensos aos sintomas da síndrome de burnout. Objetivo: Identificar a prevalência de burnout em atletas universitários. Método: Participaram do estudo 264 atletas de ambos os sexos (23,55 ± 5,02 anos), praticantes de modalidades coletivas e individuais, competidores da Superliga Universitária 2022, que compreende universidades públicas do estado do Pará. Foi utilizado o Questionário de Burnout para Atletas (QBA), composto por 15 itens, nos quais as respostas estão em uma escala Likert com cinco frequências de sentimentos: (1) quase nunca, (2) raramente, (3) às vezes, (4) frequentemente e (5) quase sempre. Os critérios de classificação para burnout foram: leve, quando pontuaram ≥ 3 em uma dimensão; moderado, quando pontuaram ≥ 3 em duas dimensões; e grave, quando pontuaram ≥ 3 nas três dimensões. A análise de dados consistiu em estatística descritiva (médias das dimensões de burnout e porcentagens da prevalência). Resultados: 70,07% (185) dos atletas não apresentam burnout, 21,59% (57) apresentam burnout leve, 7,19% (19) apresentam burnout moderado e 1,13% (03) apresentam burnout em estado grave. Conclusão: A maioria dos participantes não apresenta burnout, indicando que tais atletas estão engajadas e possuem recursos para lidarem com as demandas acadêmicas e da modalidade. Quanto às menores parcelas que apresentam graus leves, moderados e graves, há a necessidade de atenção por parte do treinador e da universidade, devido aos malefícios a longo prazo que a síndrome pode causar nesses atletas universitários.
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