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A PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM ATLETAS DA SUPERLIGA UNIVERSITÁRIA DO PARÁ
Roselane de Almeida Paula, João Vitor Figueiredo Favacho, Higson Rodrigues Coelho, Renêe de Caldas Honorato, Daniel Alvarez Pires

Última alteração: 2022-10-22

Resumo


Introdução: O burnout no esporte é uma reação ao estresse crônico, sendo composto por três dimensões: exaustão física e emocional, desvalorização esportiva e reduzido senso de realização esportiva. Essa síndrome pode acarretar angústia, insônia, abuso no uso de drogas e álcool, problemas de relacionamentos, diminuição do desempenho e, em casos mais graves, o abandono da carreira esportiva. No contexto do esporte universitário, há um excesso de demandas e estresse, pois é necessário que os atletas universitários conciliem as demandas acadêmicas com os treinamentos e competições da modalidade. Dessa forma, podem estar propensos aos sintomas da síndrome de burnout. Objetivo: Identificar a prevalência de burnout em atletas universitários. Método: Participaram do estudo 264 atletas de ambos os sexos (23,55 ± 5,02 anos), praticantes de modalidades coletivas e individuais, competidores da Superliga Universitária 2022, que compreende universidades públicas do estado do Pará. Foi utilizado o Questionário de Burnout para Atletas (QBA), composto por 15 itens, nos quais as respostas estão em uma escala Likert com cinco frequências de sentimentos: (1) quase nunca, (2) raramente, (3) às vezes, (4) frequentemente e (5) quase sempre. Os critérios de classificação para burnout foram: leve, quando pontuaram ≥ 3 em uma dimensão; moderado, quando pontuaram ≥ 3 em duas dimensões; e grave, quando pontuaram ≥ 3 nas três dimensões. A análise de dados consistiu em estatística descritiva (médias das dimensões de burnout e porcentagens da prevalência). Resultados: 70,07% (185) dos atletas não apresentam burnout, 21,59% (57) apresentam burnout leve, 7,19% (19) apresentam burnout moderado e 1,13% (03) apresentam burnout em estado grave. Conclusão: A maioria dos participantes não apresenta burnout, indicando que tais atletas estão engajadas e possuem recursos para lidarem com as demandas acadêmicas e da modalidade. Quanto às menores parcelas que apresentam graus leves, moderados e graves, há a necessidade de atenção por parte do treinador e da universidade, devido aos malefícios a longo prazo que a síndrome pode causar nesses atletas universitários.

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