Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, VIII CONGRESSO NORTE BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE (CONCENO)

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ANSIEDADE ESTADO COMPETITIVA EM ATLETAS DA SUPERLIGA UNIVERSITÁRIA DO PARÁ
João Vitor Figueiredo Favacho, Roselane de Almeida Paula, Higson Rodrigues Coelho, Renêe de Caldas Honorato, Daniel Alvarez Pires

Última alteração: 2022-10-22

Resumo


Introdução: A ansiedade é um processo emocional negativo que gera sentimentos como o nervosismo e preocupação e estão relacionados à excitação física. As mudanças no âmbito emocional causadas pelo contexto esportivo podem impactar no desempenho e no bem-estar de atletas. Assim, a ansiedade competitiva é investigada dentro da teoria multidimensional, composta por três dimensões: ansiedade-estado cognitiva, ansiedade-estado somática e a autoconfiança. Mediante a influência da ansiedade no rendimento esportivo e na satisfação pessoal dos atletas, torna-se relevante investigar essa variável no contexto do esporte universitário. Objetivo: Mensurar os níveis de ansiedade-estado em atletas universitários. Método: Participaram do estudo 90 atletas (33 mulheres e 57 homens), com média de idade 24,4 ± 01,51 anos. Todos participaram da competição Regional Guamá da Superliga Universitária, composta pelas instituições públicas de ensino superior do Estado do Pará. Os atletas responderam a versão reduzida do Competitive State Anxiety Inventory (CSAI-2R) validada para a população brasileira, composta por 17 itens que avaliam ansiedade estado-cognitiva (5 itens), ansiedade estado-somática (7 itens) e autoconfiança (5 itens). As respostas são dadas em uma escala Likert de 4 pontos, no qual 1= nada e 4= muito. A coleta foi realizada de forma online por meio da plataforma Google Forms. Para a análise dos dados foi usado o teste estatístico de ANOVA Kruskal-Wallis com post hoc de Wilcoxon. O nível de significância adotado foi de p < 0,05 e o software utilizado foi o GraphPad Prism 9.4.0. Resultados: Os participantes apresentaram os seguintes escores: ansiedade cognitiva (1,8 ± 0,7); ansiedade somática (1,5 ± 0,5) e autoconfiança (3,3 ± 0,8). O resultado do teste de Kruskall-Wallis apresentou diferença significativa entre as dimensões da ansiedade, enquanto que o teste post hoc de Wilcoxon identificou que a autoconfiança é a dimensão mais percebida pelos atletas. Por fim, a ansiedade cognitiva foi mais percebida que a ansiedade somática. Conclusão: Os atletas demonstraram estar confiantes para a competição. Escores de autoconfiança superiores aos de ansiedade cognitiva e somática são desejáveis no contexto esportivo, favorecendo o desempenho do atleta.

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