Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, V Seminário Nacional Corpo e Cultura CBCE I Seminário Internacional Corpo e Cultura CBCE IV Sem. Nacional e Intern. HCEL

Tamanho da fonte: 
Marias Felipas, grupo de estudos e intervenção antissexista na capoeira e a valorização de estratégias em corpos e atitudes que discutem e questionam tradição e confusão de papéis na roda do tempo presente.
Maria Luisa Bastos Pimenta Neves

Última alteração: 2018-08-29

Resumo


O coletivo Marias Felipas, desde sua fundação, composta por experientes representantes e pesquisadoras capoeiristas e ativistas da capoeira, oriundas de Salvador e região, realiza ações de convivência, valorização de mestras de capoeira e seus saberes/fazeres e compartilhamento de informações e experiencias sobre violência de qualquer tipo no ambiente da capoeira para o fortalecimento e conscientização de mulheres sobre o importante momento que vivemos enquanto comunidade de capoeira.
É, agora, o anúncio de mudanças nas estruturas conhecidas como masculinas do mundo capoeirístico dentro e fora da roda, a exposição do dia a dia de capoeiristas, suas práticas enquanto professorxs e até mesmo suas relações privadas, redes de amizades e escolhas de hábitos estão sendo observadas. Destacamos que as redes sociais e a internet em geral colocam atitudes de violência que seriam abafadas como boatos outrora, em cheque, em evidência, em julgamento da opinião pública e, muitas vezes, causam abalos na vida profissional daqueles (ainda poucos) que foram expostos quando 'pegos' em atitudes violentas que antes, seriam considerados 'deslizes'. Portanto, é hora da construção de um ambiente preparado para receber os debates necessários acerca da atual conjuntura da luta da mulher na capoeira. Nomes, exemplos de atitudes, dizeres...há muito em jogo! E, principalmente, as mulheres, seus espaços conquistados, suas alianças, seus condicionamentos, suas libertações...Mulheres em jogo!
Pensando nisso e no sucesso de um evento do mesmo nome acontecido no Forum Social Mundial em Salvador BA, que já estava em sua 2a edição no FSM, propomos uma discussão coletiva entre, principalmente, mulheres capoeiristas, tendo seu próprio caminho, reflexões, e luta antissexista para a construção de um ambiente mais seguro para mulheres, gays, lésbicas, trans e todxs que desejarem aprender a cultura e interagir menos ou mais profundamente em qualquer vertente da capoeira.
Pensamos que refletir as estratégias que pautarão a absorção de condutas que garantirão o respeito e a maneira própria de atuação de mulheres na capoeira é um eixo muito importante desse momento e do futuro, que já é presente!
Nossa base teórica é fortalecida pelos importantes trabalhos de pesquisa de Christine Zonzon, Adriana Albert Dias, o trabalho com mulheres com a capoeira de Lilu Luísa Pimenta e Adriana Alberti. Joana Points, Vanessa e Lígia Vilas Boas também compõem o grupo com seus estudos e atuações na capoeira de angola, principalmente.

www.mariasfelipas.wordpress.com

Texto completo: PDF