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Os quilombos são espaços de luta dos afro-descendentes por condições dignas de vida e trabalho, que mantém a sua história vinculada à opressão da escravidão. A realidade destes locais revelam situações de pobreza carecendo de serviços básicos, principalmente os de saúde. Este estudo teve como objetivo investigar as práticas de cuidado e as condições de saúde de quatro comunidades remanescentes de quilombos do Estado de Goiás. A pesquisa foi realizada com os indivíduos das comunidades que aceitaram participar e assinaram o Termo de consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, com as lideranças comunitárias e com as famílias, que responderam sobre as condições e práticas de saúde. Os resultados destacam que há uma hibridização entre os conhecimentos das práticas tradicionais com o científico, que se materializam na utilização de remédios caseiros e ações da equipe Estratégia Saúde da Família (ESF). As principais ações da ESF concentram-se nas atividades do Agente Comunitário de Saúde, e de maneira geral não há atendimento por outros profissionais, seja por falta de espaço adequado ou carência do profissional. Ainda, a falta de renda, de trabalho e de acesso a terra também influenciam nas condições de saúde das comunidades.