Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE, XIX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VI Congresso Internacional de Ciências do Esporte

Tamanho da fonte: 
A BRINCADEIRA COMO PRÁTICA CORPORAL ESSENCIAL: A “RESPOSTA” DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO À PERGUNTA “O QUE MAIS GOSTO DE FAZER NA ESCOLA E EM QUE LUGAR E O QUE MENOS GOSTO DE FAZER NA ESCOLA E EM QUE LUGAR?”
Tayanne da Costa Freitas, Ingrid Dittrich Wiggers

Última alteração: 2015-07-02

Resumo


Este trabalho apresenta como objetivo de identificar aspectos referentes às ações das crianças no ambiente escolar, ou seja, queremos identificar e analisar, por meio da pergunta “o que mais gosto de fazer na escola e em que lugar e o que menos gosto de fazer na escola e em que lugar?, como as crianças se apropriam dos tempos e espaços propostos pela estrutura escolar, por intermédio das práticas corporais. Para tanto, foi realizada pesquisa de campo, em um escola pública do Distrito Federal, com elementos da abordagem qualitativa. As técnicas utilizadas compreenderam observação participante, produção de desenhos e conversas com as crianças.Ao nos aproximarmos da escola pesquisada registramos diferentes práticas corporais realizadas pelas crianças nos tempos e espaços estruturados pelos adultos. Evidenciou-se por meio das observações e desenhos que as crianças brincam a todo momento e consideram momento da recreação, o parque e a quadra de esportes espaços de referência para esse brincar autorizado e livre. A rotina revelou uma série de ações que ocorrem em paralelo e são invisíveis e inaudíveis para quem pretende ver somente a dimensão opressora da realidade. Os próprios corpos se revelam menos dóceis do que imaginávamos, e as crianças circulam, autorizadas ou não, pelo espaço escolar. À escola presta-se refletir criticamente seus currículos, medidas disciplinares, tempos e espaços em diálogo com os elementos da cultura lúdica, como a brincadeira, ouvindo a criança e permitindo-lhe que participe da tessitura de seus saberes.

Palavras-chave


brincadeira; práticas corporais; tempo e espaço; infância; escola

Referências


BROUGÈRE, Gelis. Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 2002.
CARVALHO, Nazaré Cristina. O brincar, a cultura da criança e a escola: possibilidades na educação física escolar. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Metodista. Piracicaba, 1998.
FONSECA, Adriana de Castro, FARIA, Eliete do Carmo Garcia Verbena. Práticas corporais infantis e currículo – Ludicidade e ação no cotidiano e escolar. In: ARROYO, Miguel G., SILVA, Maurício Roberto (Orgs). Corpo infância: exercícios tensos de ser criança por outras pedagogias do corpo. Petrópolis: Vozes, p. 280-300, 2012.
PINTO, Maria Raquel Barreto. Tempo e espaços escolares: o (des) confinamento da infância. In: CARVALHO, Diana de; QUINTEIRO, Jucirema (Orgs.). Participar, brincar e aprender: exercitando dos direitos das crianças na escola. v. 1. Araraquara, SP: Junqueira & Marin Editores, 2007.
SARMENTO, Manoel Jacinto. As culturas da infância na encruzilhada da 2ª modernidade. Portugal: Cedic/Universidade do Minho, 2004.
SOARES, Carmen Lúcia. Práticas Corporais: Invenção de pedagogias? In: SILVA, Ana Márcia; DAMIANI, Iara Regina (Orgs.). Práticas corporais: gênese de um movimento investigativo em educação física. v. 1. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005.

Texto completo: PDF