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A pesquisa em questão teve como objetivo analisar o discurso da revista Nova Escola sobre as concepções da área da educação física escolar, tendo como objeto de investigação as perspectivas curriculares que sustentam as reportagens. Como corpus de arquivo foram definidas todas as matérias da seção “Sala de Aula”, do componente educação física, editadas nos últimos quarenta e oito meses. A partir das análises é possível afirmar que dezessete (17) matérias se basearam, exclusivamente e explicitamente, na perspectiva curricular denominada cultural. Seis (6) delas citaram explicitamente que um dos objetivos principais dos projetos era ampliar o repertório dos alunos em relação às práticas da cultura corporal. Outras onze (11) não citam os objetivos dos relatos de prática dos professores/as-colaboradores/as, mas é possível classificá-las em tal perspectiva analisando as atividades de ensino, bem como as orientações didático-metodológicas vinculadas.
Nessas matérias cujos esportes, lutas, jogos, danças, ginásticas, brincadeiras, foram tematizadas, houve a adoção de procedimentos que visavam ampliar, aprofundar e ressignificar os conhecimentos dos/as alunos/as com relação às práticas tematizadas considerando além de seus aspectos sócio-históricos por vezes, o reconhecimento das culturas experienciais dos/as alunos/as e a problematização das relações de poder engendradas nas práticas corporais. Dentre elas: as questões de gênero, etnia, classe social e níveis de habilidade. Além disso, em sete (7) matérias houve também a inclusão e valorização de outros saberes além dos acadêmicos.
Em contraposição a perspectiva curricular cultural que se mostrou hegemônica nos relatos das reportagens, apenas duas (2) matérias vincularam o chamado “currículo saudável” ou da “promoção da saúde, outras quatro (4) matérias se basearam em relatos de prática pautados no “currículo esportivista”.

Educação Fisica; Revista Nova Escola