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INTRODUÇÃO
As modificações ocorridas nos padrões socioeconômicos e culturais, decorrentes da rápida urbanização e do desenvolvimento econômico, resultaram em mudanças significativas nos hábitos de vida dos diferentes grupos populacionais (BARQUERA; PEDROZA-TOBIAS; MEDINA, 2016). A Síndrome Metabólica (SM) é um fenômeno multidimensional determinado pela interação de um conjunto de componentes que afeta a qualidade de vida das pessoas. A alta prevalência da SM no Brasil e no mundo, justifica a realização de diferentes estudos com o intuito de contribuir para a identificação dos estratos populacionais com maior vulnerabilidade a ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, permitindo assim, a realização de estratégias que visem o controle e a prevenção de distúrbios metabólicos.

OBJETIVO
Analisar a frequência dos componentes da síndrome metabólica nos participantes do Estudo Vida e Saúde em Pomerode - SHIP-Brazil.

METODOLOGIA
Estudo transversal de base populacional, utilizando os dados de 2488 indivíduos. O diagnóstico SM foi confirmado com presença de três ou mais dos seguintes componentes: circunferência da cintura (CC), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e das informações auto-referidas sobre diabetes mellitus e hipercolesterolemia (ALBERTI et al., 2009. A análise descritiva foi realizada por meio da Statistical Package for the Social Sciences IBM (SPSS).

ANÁLISE/DISCUSSÃO
A faixa etária variou entre 20 e 79 anos, sendo 57,63% do sexo feminino. A CC elevada foi diagnostica em 63,3% da amostra, seguida pela HAS com 35,4%, dislipidemia com 24,4% e diabetes com 6,2%. A HAS apresentou a maior variação por sexo, sendo diagnosticada em 43,2% dos homens e 27,7% das mulheres. Os resultados condizem com os percentuais apresentados no estudo de base populacional realizado por Ramires e colaboradores (2018)
Em relação a carga das doenças, apenas 24,4% dos indivíduos não apresentaram nenhum componente da SM. Contudo, cerca de 35,9% e 25,1% apresentaram um e dois componentes, respectivamente, e 13,7% apresentaram três ou mais componentes. Na comparação por sexo, foi maior o número de mulheres que não possuía nenhum componente da SM, contudo, mais mulheres foram diagnosticadas com três ou mais componentes (15,4% mulheres / 13,8% homens). Pucci e colaboradores (2017) também verificaram resultados distintos nos percentuais relacionados a carga de doenças analisadas por sexo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar da indisponibilidade dos dados bioquímicos para o diagnóstico de HDL-c, triglicerídeos e glicemia de jejum, observa-se, no presente estudo, elevada taxa de individuos com diagnostico de prevalência dos componentes isolados e SM em nosso estudo.