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INTRODUÇÃO
A crioterapia é definida como o uso de uma substância aplicada ao corpo que remove o calor corporal, diminuindo a temperatura dos tecidos (KNIGHT, 2000). Esse recurso tem diferentes formas de aplicação como bolsas de gelo e imersão em água fria, fazendo com que o tecido lesionado volte as condições normais mais rapidamente (MCDONALD e GUTHRIE, 1985). A crioterapia tem como efeito fisiológico a redução do fluxo sanguíneo. Os efeitos induzidos pelo resfriamento tecidual incluem a diminuição da temperatura, do metabolismo, de circulação sanguínea, da dor, e do processo inflamatório. (SANTOS, 2019).

OBJETIVO
Comparar a resposta psicofisiológica após uma sessão de treino de corrida com e sem o uso da crioterapia.


MÉTODOLOGIA
Vinte homens e dezessete mulheres, integrantes de um projeto de extensão universitária de corrida há pelo menos 6 meses foram aleatoriamente divididos em dois grupos: crioterapia (n:16) e controle (n:17). O estudo, do tipo transversal, foi conduzido ao longo de 48 h.
Ambos os grupos foram submetidos a uma única sessão de treinamento de corrida. Após a sessão de treino, o grupo crioterapia foi submetido a imersão parcial do corpo (membros inferiores) em uma piscina com gelo à temperatura de 8° C durante 10 minutos, seguindo o protocolo proposto por Andrews et al., (2004).
Os dados de percepção subjetiva de esforço da sessão (PSE) (FOSTER et al., 2001) foram coletados após a sessão de treino. Já a percepção subjetiva de recuperação (PSR) foi coletada 24 h após.
Os dados foram armazenados e analisados no software SPSS versão 20.0. Para analisar as diferenças das médias das variáveis foi utilizado o teste de Wilcoxon. O α estabelecido como nível de significância foi de 0,05 (95%) para todos os testes de hipóteses
realizados (p<0,05).

RESULTADOS
Não houve diferença significativa na PSE dos corredores de rua, (p>0,473), indicando que a percepção de esforço do grupo controle e experimental foi semelhante.
Houve diferença significativa na PSR dos corredores (p<0,00) ao comparar os grupos com e sem utilização de crioterapia, sendo verificada uma melhor percepção de recuperação para os que fizeram uso deste recurso.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo foi comparar a percepção subjetiva de esforço e percepção subjetiva de recuperação após uma sessão de treino com um grupo que fez uso de crioterapia e outro que não fez uso dessa estratégia. O resultado evidenciado corrobora estudos anteriores nos quais o uso da crioterapia contribuiu para a melhor percepção de recuperação, porém, não foi suficiente para promover alterações significativas na percepção subjetiva de esforço.