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RESUMO


PALAVRAS-CHAVE: Dança; mídias sociais; Cultura


INTRODUÇÃO
O Departamento de Dança Ana Reis1 (DDAR) foi criado em 2017, no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Campus Rio de Janeiro, um dos 15 Campi integrantes da Rede (IFRJ, 2021). O Grêmio convidou a aluna Ana Cecília Reis, bailarina do Teatro Municipal, com o objetivo de utilizar a dança para promover debates, reflexões e festivais, democratizando o seu acesso, pois ainda observamos o elitismo no aprendizado de alguns estilos, bem como do acesso aos espetáculos (CORREIA e ASSIS, 2006). Entretanto, devido a Pandemia da Covid-19, as aulas foram interrompidas. Assim, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência das atividades on-line, através das mídias sociais do DDAR, durante a Pandemia em 2020.

1- O projeto é financiado pelo edital n.º 01/2020 do Programa Institucional de Bolsa de Incentivo às Atividades de Extensão do IFRJ/CNPQ (PIBIEX Jr).

METODOLOGIA
O DDAR é Coordenado pela professora de Educação Física do Campus e possui 26 integrantes, divididos em três setores: edição de vídeos e imagens, confecção de vídeos, e o de confecção de textos. Foram feitas reuniões gerais remotamente, onde discutimos os temas a serem postados.
As postagens foram de Abril a Novembro, em duas mídias sociais do DDAR: o Instagram e o YouTube. Iniciadas no dia internacional da dança, com as seguintes atividades e temas: apresentações das coreografias: “Oh freedom” (a luta contra o racismo), “Dont’s Rush” (estilos de dança e figurino em um só lugar), “Dancing Days”, “When the Party’s Over” e “Cars With The Bomm”, “Desce pro play”, “Fica á vontade” e “Braba”. Tutoriais: da coreografia de “Break my heart”, de dança do ventre, como fazer penteados, criação de figurino, edições de cartazes e posts, maquiagem artística e edição de vídeos para as redes sociais. Um vídeo contando a história do DDAR: “Draw My Life”. A I Amostra Virtual Just Dance e finalizando com o Sarau e Apresentação da Dança: “A dança na quarentena: um novo olhar para apresentações artísticas.”
Em acréscimo, os integrantes do DDAR, responderam um formulário on-line, se fazer parte deste fez diferença no momento de quarentena.

RESULTADOS
Foram 44 postagens, com um número total de 2.313 “curtidas” e 6.597 visualizações dos vídeos (média de 52,57 de curtidas e 149,93 de visualizações por vídeo) demonstrando aprovação do conteúdo,. Números nunca antes alcançados nas apresentações.
Todos os respondentes do formulário afirmaram que o DDAR os ajudou a passar pela quarentena e dentre as palavras e expressões se destacam: “amor”, “socializar”, “não surtar”, “não explodir de ansiedade”, “não ficar sedentário”, corroborando com Silva (2007) que afirma que dançar é uma experiência capaz de desenvolver não só habilidades motoras, como também comportamentos e significados fundamentais na formação de um sujeito criativo, comunicativo e hábil em lidar com a realidade.
Após essa experiência, hoje temos o projeto “alonga em casa”, onde integrantes do DDAR se alongam em sistema de ensino a distância por 30 minutos diários, indo de encontro com a Organização Mundial da Saúde (2020) que recomenda atividade física leve ou moderada, na quarentena.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com as postagens, demos continuidade ao objetivo do DDAR, que é democratizar a dança e levá-la para “além dos muros da escola”. Reconhecemos o difícil acesso à internet pela população, em contrapartida, as redes sociais nos permitem deixar disponíveis esses conteúdos, para serem visualizadas em outras oportunidades, como um legado de produção cultural.