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Neste trabalho relatamos a experiência formativa no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Centro de Educação Física e Desportos da UFES, Edital, Capes, n° 02/2020. No relato de experiência (RE), a experiência ocorre em simultaneidade a ideias e acontecimentos, concepção consoante aos estudos de Macedo (2016), onde adotamos essa metodologia na execução do programa no período da pandemia do COVID-19. Nesse período, estamos impossibilitados de trabalhar de forma presencial nas unidades de ensino. O subprojeto Educação Física: Núcleo Educação Física na Educação Infantil foi selecionado via o edital interno da ProGrad/UFES n° 04/2020. Um dos seus objetivos é o desenvolvimento de uma agenda de trabalho sistemático que aproxima a formação inicial realizada na Universidade da prática pedagógica que os professores licenciados em Educação Física, egressos do CEFD/UFES e de outras instituições como IES, realizadas, cotidianamente, nos Centros de Educação Infantil (CMEI) de Vitória. Entretanto, com as unidades de ensino fechadas, como seria possível realizar tal objetivo? Quais estratégias metodológicas seriam utilizadas pelos professores supervisores, estudantes bolsistas e o coordenador do projeto para realizar o trabalho proposto?
Iniciamos os planejamentos por meio de plataformas virtuais disponibilizadas pela Universidade e pelo Município de Vitória. Por esse meio, analisamos as ações das três fases previstas no subprojeto: 1. Aproximação da realidade; 2. Planejamento e intervenção; 3. Reflexão da experiência.
Na primeira fase os objetivos são: a) O estudo e a discussão dos pressupostos teórico-metodológicos que orientam o diagnóstico das dimensões contextuais, político-administrativas e pedagógicas dos CMEI conveniados; b) Observação, registro, análise e discussão, in loco, com intuito de promover a aproximação do professor em formação ao contexto de atuação; e, c) O acompanhamento das atividades desenvolvidas nas unidades de ensino conveniadas.
Diante da impossibilidade de realizar atividades in loco propusemos aos estudantes pesquisar dados dos CMEI onde atuariam: localização geopolítica, socioeconômicos, matrículas (total de alunos distribuídos por gênero, idade, raça e necessidades educacionais especiais), estrutura física e ou outras quaisquer informações que eles considerassem pertinentes. Organizamos duas reuniões semanais. Nelas, cada um dos três grupos de estudantes bolsistas, apresentou aos demais as informações colhidas, criando expectativa de como seria o trabalho com as crianças naqueles espaços. Depois da apresentação dos estudantes, os supervisores apresentaram os espaços internos, os documentos institucionais, os servidores e suas funções, os projetos de ensino e as rotinas pedagógicas desenvolvidas em cada CMEI. Desde então, mantivemos duas reuniões semanais e desenvolvemos a rotina de trabalho remoto de outubro de 2020 a março de 2021. Nessa rotina, a segunda e a terceira fases foram desenvolvidas com várias atividades relacionando práticas pedagógicas, reuniões, planejamento, entre outros.