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O FUTEBOL “FEMININO”: UMA FERRAMENTA MERCADOLOGICA DA HETERONORMATIVIDADE
Última alteração: 2021-12-03
Resumo
Neste, buscamos compreender como classe e gênero se interseccionam na apropriação do futebol por meninas em um espaço privado. Essa etnografia se construiu a partir de diários de campo das aulas e de entrevistas com oito alunas. Apontamos para a capacidade desses espaços, ordenados pelo mercado, de superar barreiras que afastavam meninas do futebol. Mas, estas seguem sendo interpeladas por questões de gênero marcadas pela adequação de seus corpos a uma heteronormatividade compulsória.
Referências
ALTMANN, Helena. Educação sexual em uma escola: da reprodução à prevenção. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 136, p. 175-200, 2009.
BUTLER, J. Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Cadernos de leituras, 1988.
MARTINS, M. Z.; SILVA, K. R. S. Do futebol de mulheres às mulheres no futebol: outras identidades e identificações circulantes nos estádios. In: MARTINS, M. Z.; WENETZ I. O futebol de mulheres no Brasil: desafios para políticas públicas. Curitiba: CRV, 2020. p. 117-135.
MARTINS, M. Z.; SILVA, K. R. S.; VASQUEZ, V. As mulheres e o país do futebol: intersecções de gênero, classe e raça no Brasil. Movimento, v. 27, 2021.
PISANI, M. S. “Sou feita de chuva, sol e barro”: o futebol de mulheres praticado na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Antropologia social) - São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
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