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RESUMO


PALAVRAS-CHAVE: Estágio Docência; Educação Física.


INTRODUÇÃO
A oferta da disciplina Estágio de Docência possibilita a introdução do pós-graduando na sala de aula a partir de uma perspectiva diferente da que está acostumado. Dessa forma, o espaço permite a vivência da docência universitária em suas condições reais, visando a formação de professores para atuar no campo universitário (CHAMLIAN, 2003).
A experiência, que acontecia em caráter presencial, tem sua dinâmica modificada por conta da pandemia de COVID-19 que impacta diretamente espaços sociais, inclusive o espaço educacional. Mediante a isso, emerge o ensino remoto enquanto uma possibilidade de continuidade das atividades. Nessa senda, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência no Estágio de Docência ofertado pelo Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB como dimensão formativa para o Mestrado a partir do acompanhamento do componente curricular Prática de Ensino – Estágio Supervisionado II, realizado com os estudantes do 6º período do curso de Licenciatura da Escola Superior de Educação Física da UPE (ESEF-UPE).

CENÁRIO DA PRÁTICA
O Estágio na ESEF-UPE é subdividido em três componentes curriculares distintos, onde o Estágio II corresponde a intervenção com a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I. O acompanhamento do componente curricular, tornou possível exercitar a docência no ensino remoto com as reinvenções e os limites que o formato estabelece.
Inicialmente, foi possível conhecer a ementa do componente curricular que balizou o acompanhamento das aulas e da prática pedagógica dos estudantes em suas ações nos campos de estágio. Durante as aulas foram realizadas intervenções enquanto estagiária como atuação na prática pedagógica, análise dos trabalhos realizados pelos estudantes e acompanhamento das intervenções dos estagiários. Tais atividades proporcionaram a construção de um conjunto de conhecimentos, valores e habilidades para as futuras experiências profissionais.
A observação das aulas permitiu ainda acompanhar as ações desenvolvidas pela professora do componente curricular na universidade, pelo docente orientador (professor da universidade responsável por acompanhar as intervenções dos estagiários e fazer o intermédio escola-universidade) e dos supervisores de estágios (professores da Educação Básica que atuam na escola onde os licenciandos realizam o estágio). Nessas ações foi possível reconhecer a produção de conhecimento, diálogos e análises da prática pedagógica para garantir a confluência na parceria universidade-escola.
A vivência da docência universitária possibilitou reconhecer as facilidades e as dificuldades do processo de ensino-aprendizagem (E-A) entre o planejamento e as imprevisibilidades do caminho, bem como o contexto do ensino remoto, que apresenta muitos outros desafios e que obrigam que o professor se torne mais inventivo em suas ações.
Veiga (2006) reconhece que o exercício docente se caracteriza por uma multiplicidade de fatores que precisam ser considerados no contexto da formação profissional para atuação no ensino superior. Assim, deve-se buscar formar profissionais reflexivos e com competência pedagógica-científica para exercerem seus papéis em uma instituição formadora social.
Conhecer e participar da docência universitária, ainda que em uma circunstância desafiadora, permitiu o aprendizado de muitos elementos, dentre eles, o poder de transformação que a educação tem em qualquer momento e espaço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar das condições e da dinâmica de E-A de forma remota por conta da Covid-19, a vivência no Estágio de Docência foi ímpar e satisfatória a nível curricular. As intervenções proporcionadas ao longo das aulas e na troca com os pares possibilitaram assertividade nas ações e a construção de conhecimentos acerca da docência universitária.